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2017.martaribeiro
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Para uma sociedade melhor... Empty Para uma sociedade melhor...

Dom maio 27, 2018 4:29 pm
A sociedade de hoje em dia é profundamente marcada por grandes evoluções, quando comparada com a sociedade de algumas décadas atrás.
Fatores como o maior e mais rápido acesso à informação, o avanço tecnológico e, regra geral, as melhores condições de vida, conduziram a alterações ao nível do modo de viver das pessoas, estando, por isso, na base dessas diferenças.
No entanto, o que aparentemente não tinha defeitos depressa revelou não possuir apenas virtudes. Desde logo, o facto de estas mudanças serem ainda sentidas em relativamente poucos lugares, atendendo a uma escala global: em vez de atenuadas, as discrepâncias entre países desenvolvidos e países em desenvolvimento tornaram-se ainda mais acentuadas. E, mesmo nos locais atingidos pelas mesmas, a população passou a estar sujeita a novos perigos, sejam eles vícios, ou crimes relacionados com as novas formas de comunicação, por exemplo, as redes sociais.
É possível, agora, constatar que o problema se encontra não nas inovações tecnológicas e científicas, mas sim no modo como são utilizadas. O que é triste de referir é que os culpados somos todos nós...
Nós, que, por tantas vezes, nos isolamos, esquecendo-nos dos que estão à nossa volta; nós, que, quase inconscientemente, fazemos o próximo sentir-se mal consigo próprio; nós, que nos queremos sentir superiores, e usamos, para isso, os outros como meios para alcançar os nossos fins; nós, que insistimos em criar estereótipos e paradigmas que nos impedem de ser felizes; nós, que, afinal de contas, somos apenas humanos e erramos.
Mas, se, por um lado, somos seres que erram, por outro, também somos seres com capacidade para aprender com os nossos erros e, assim, conseguir progredir. Se bem que possa parecer impossível (e, se calhar, até é!), tentar não custa e de certeza que nos trará benefícios.
Na minha opinião, não são necessárias grandes mudanças, "na teoria", bastam, pelo contrário, pequenas mudanças, "na prática", que mostram ser bem mais eficazes.
Se cada um tiver presentes em si valores como o amor, o respeito, a tolerância e a esperança, decerto já se encontra no bom caminho para a construção de uma sociedade melhor!
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Para uma sociedade melhor... Empty Nem 8 nem 80

Sex Nov 22, 2019 3:59 pm
Escrevo este post em jeito de desabafo. Não há pachorra para certas coisas.

Os problemas e discussões são inerentes ao relacionamento humano. Durante muitos anos o racismo, a xenofobia, o machismo e outros tipos de discriminação estavam institucionalizados.
Desde o século XX que este problemas estão a ser levantados no mundo ocidental e aos poucos os comportamentos foram, primeiro desinstitucionalizados e mais tarde ostracizados.

Tenho reparado que, há dez anos para cá, em vez de as pessoas ficarem contentes por o racismo, a homofobia, a islamofobia, o machismo e o bullying estarem a cair, começou uma caça ao gambozino. Instaurou-se a ditadura do politicamente correto. Não se pode fazer um cometário ou uma piada mais picante que cai tudo sobre a pessoa. As supostas vítimas, que muitas vezes nem se sentem ofendidas, só são ouvidas quando é para criticar o homem branco  e, de preferência, cristão. Isto pode ser uma revolta interior, mas o assunto não é exclusivamente pessoal.

Lembro-me agora do caso do Bernardo Silva, futebolista português no Manchester City. O Bernardo Silva fez o seguinte post a pegar com o seu colega Benjamin Mendy:

Para uma sociedade melhor... 584

A internet caiu em cima do internacional por causa de uma piada. A Football Association penalizou o jogador com um jogo de castigo, um curso educacional e uma multa de 58 mil euros por considerar que o comentário tinha sido racista.
A verdade é que o Bernardo Silva e o Mendy são grandes amigos e estão sempre a pegar um com o outro, nomeadamente no twitter.

Para uma sociedade melhor... GettyImages-1025278494_770x433_acf_cropped
Imagem dos amigos Benjamin Mendy e Bernardo Silva

O Partido Popular até levou à AR uma proposta para que o Estado português mostrasse solidariedade para com o Bernardo Silva:
https://observador.pt/2019/11/22/parlamento-nao-se-solidariza-com-bernardo-silva/

O facto da proposta ter sido chumbada (pelo PS, BE e LIVRE) só demonstra o quão decadente está a nossa sociedade que procura apontar o dedo a todo e qualquer um. Cria-se uma vítima, ataca-se o "agressor" e, mais importante, é se visto como herói da pátria.

Recuso-me a abdicar da minha liberdade de expressão enquanto não ofender ninguém senão o que procura atenção. Depois admiram-se que, quando houver verdadeiro racismo, verdadeira homofobia, verdadeira discriminação ninguém se acredite. É a história do Pedro e do Lobo.


Última edição por Conde em Sex Dez 06, 2019 7:30 pm, editado 1 vez(es)
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Para uma sociedade melhor... Empty Estupidamente Indignado

Ter Nov 26, 2019 8:54 pm
Desculpem maçar-vos mais uma vez com este assunto, mas esta perseguição ao homem branco hetero, preferencialmente conservador, está a passar dos limites.

Eu não insulto ninguém, não reajo a provocações, debato com calma, ordem e lógica e o tipo passivo-agressivo do politicamente correto, com apelo a sentimentalismos e sem quaisquer dados é que fica bem perante o auditório.

Isto revolta-me.

Eu, se planeio um discurso em que utilizo dados concretos, sei do que estou a falar, hei de deixar de dizer o que tenho a dizer? Hei de me auto-censurar? Apenas porque porventura alguém que me ouve se pode sentir ofendido?

Não o faço.

Imaginem que eu digo, para demonstrar que devido a fatores económicos existe uma diferença de resultados no que toca à raça das crianças, que as crianças pretas têm piores resultados que as brancas.
Ou que, para demonstrar que existem alternativas ao modelo de habitação social existente, afirmo que existe muita criminalidade no Bairro da Pasteleira, por exemplo.

Não quer dizer que o filho do senhor preto que está à minha frente seja mais burro que eu. Ou que o meu vizinho da Foz não seja um assassino em série, enquanto o senhor que me ouve da Pasteleira tenha o cadastro limpo. Mas é através de estatísticas que eu consigo encontrar um problema, para depois apresentar uma possível resolução.
Caso contrário, ou não apresento uma solução, ou apresento sem divulgar dados que sustentem a minha tese, fazendo com que a solução "caia de paraquedas".

Está-se a criar uma bolha anti-crítica em volta de imigrantes, pretos, gays e das demais minorias.

Eu sou favorável (e futuramente até poderei expandir este meu ponto de vista num outro post) a que as pessoas tenham total liberdade de expressão, exceto quando ofendem um indivíduo pessoalmente, quer pelo insulto, quer pela difamação. No entanto, aceito e até compreendo alguns dos argumentos de quem acha que, por exemplo, o discurso de ódio generalizador deveria ser ilegal. É discutível.

O que eu não compreendo é uma pessoa ter de ter cuidado com todas as palavrinhas que usa para não ofender ninguém. Coitadinhos? Coitadinhos são os deficientes e as crianças, que não têm noção da realidade nem se sabem defender. Com esses é que é preciso ter cuidado com o que se diz. Agora o resto, sejam verdades, mentiras, assuntos eruditos ou ridículos: devem ser sempre falados sem  preconceito por cada perspetiva. A humildade no diálogo é uma virtude.

Tenho dito.
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