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Mariana Couto
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WWRY : Crua Carne Empty WWRY : Crua Carne

Seg Dez 03, 2012 11:41 pm
A música que vou partilhar chama-se Crua Carne, é do Filipe Pinto, do álbum Cerne, de 2012.
Esta música não é ainda um Single, como a Insónia, mas foi o primeiro tema que o Filipe apresentou, no programa no qual ganhou fama Ídolos, quando voltou de Londres.
Como não existe ainda um videoclip oficial desta música, vou partilhar esse momento em que o Filipe a deu a conhecer nos Ídolos.



Crua Carne

Queria amar a mais...
Cala-te com...

Vivo perto de morrer
É certo magro
Mediencia obsessiva
Não como vivo meu irmão

Bem sei...
Quando estou tão bem
A crua carne vem
Olha para mim...
Dentro de...

Vicio excessivo
A aparência supera o génio
Fútil meio sinto
Hoje alguém para dizer

Bem sei...
Quando estou tão bem
A crua carne vem
Olha para mim...
Dentro de mim...
Olha...

Tanto que há para te ver...
Na imagem que te agonia.
Perdura existem quem não vê
O belo ser
Que te sorri...

Quando estou tão bem
A magra carne..
Vem...
Olha para mim...
Dentro de mim...
Olha...

O próprio Filipe disse antes de apresentar este tema o seguinte:

"Como eu vos disse, não se sintam de menos, sintam-se de mais! O vosso espírito, a vossa mente é mais importante do que a aparência. É isso que é mais importante!"


Na minha opinião esta música não pode ser resumida de forma melhor...

Para mim esta música está uma excelente crítica ao valor que se dá á imagem exterior (aparência), e á mínima importância que se dá á imagem interior (personalidade) na nossa sociedade.

Começa por apelar ao facto, que através do sarcasmo usado, conseguirmos ver o quão estúpido é este preconceito, de que se refletirmos que enquanto, de uma certa forma, esperamos a morte e gastamos o tempo que temos a julgar as pessoas pela sua aparência...

Durante o refrão é relatado algo como a aparição da Crua Carne (a tal imagem exterior que nada importa) que faz refletir a quem vive da sua aparência.

Nos seguintes versos é reforçada a ideia da valorização excessiva da imagem exterior e da renegação da interior:

"Vicio excessivo
A aparência supera o génio
Fútil meio sinto
Hoje alguém para dizer"

Nos seguintes versos é criticado o efeito que este pensamento discriminatório por parte da nossa sociedade tem, que leva as pessoas a acreditarem que nada valem se não tiverem a melhor das aparências, o que não é verdade, mais uma vez há que valorizar a personalidade:

"Tanto que há para te ver...
Na imagem que te agonia.
Perdura existem quem não vê
O belo ser
Que te sorri..."

Finalmente queria aqui deixar ainda uma curiosidade mais pessoal da minha opinião sobre esta música:
Pessoalmente tenho ouvido o seu CD (Cerne) quase diariamente, e tenho-me apercebido de que em quase todas as músicas consigo descobrir algum género de relação com os Ornatos Violeta, mas curiosamente nesta (que é a minha favorita) consigo relacioná-la, não com Ornatos, mas sim, e bastante, com a Creep dos Radiohead...
Talvez seja da obscuridade, do sarcasmo, do falsete, ou do tema tratado, mas há algo ali que me soa a Creep. Smile

P.S. Não é de todo minha intenção, ao dizer que o Cerne que recorda os Ornatos ou os Radiohead, dar a entender que o Filipe não é original ou que apenas imita os Ornatos (como já ouvi dizer...) ou os Radiohead!!!!
Para mim quando digo que as suas músicas me lembram as dos Ornatos é algo que digo com a melhor das intenções, até porque para mim se alguém alguma vez mo dissesse, tal seria para mim um grande elogio...
Creio que estas analogias que reparo advêm do tempo em que o Filipe era corrente dos Ídolos e cantava bandas como Ornatos e Radiohead, e se talvez seja por causa dessa altura em que conhecemos as suas influências, e as associamos agora ao seu trabalho original...

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" Se eu sou livre, é porque estou sempre fugindo "  -  Jimmy Hendrix
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