- Cláudia Sofia AlvesModerador
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Sucesso profissional vs valores pessoais
Sáb Abr 23, 2016 7:52 pm
Boa tarde, atualmente somos confrontado com um turbilhão de pressões que nos são impostas pelo meio onde nos encontramos.
Enquanto estamos no secundário o nosso objetivo é conseguir bons resultados acadêmicos para podermos enveredar por um curso superior, que à partida, nos trará conforto e estabilidade, no futuro. Mas, por vezes, os resultados obtidos não são os esperados e perante esta situação surgem momentos de grande angústia, pois começamos a pensar o pior, focando cada vez mais a nossa atenção nos estudos, esquecendo-nos daquilo que nos rodeia, principalmente do outro.
Neste momento eu questiono-me “E se o mundo acabasse amanha, será que aproveitas-te a vida da melhor forma, será que viveste os momentos mais belos que estavam reservados para ti?”. É, se dúvida, crucial obter bons resultados escolares, e desempenhar um bom papel enquanto aluno(a), no entanto não podemos negligenciar o facto de sermos jovens e também precisarmos de nos divertir, sair com os amigos, a fim de podermos completar o nosso desenvolvimento pessoal, de forma saudável.
Na minha opinião é fundamental conciliar ambos, a escola e a vida em sociedade, pois se algo, a nível académico correr menos bem, será uma frustração enorme olhar para traz e ver que o que deixamos foram apenas papeis, e não momentos de diversão e de alegria partilhada!
A pressão que nos é imposta pela sociedade desde cedo, de estudar bastante para ser possível o acesso a um bom curso no ensino superior é, por vezes, ridícula, pois as crianças e jovens são tratadas (os) como robots, pressionados a estudar desde muito cedo, perdendo, muitas das vezes a sua capacidade imaginativa. Com isto não quero dizer que a educação seja pouco benéfica para as crianças, pelo contrário, pois é através do conhecimento que nos tornamos pessoas mais completas, no entanto não podemos levar este conceito a extremos. Por exemplo, lembro-me de quando era criança me cortarem as assas da imaginação, quando numa aula quando me foi solicitado fazer um desenho, e perante aquele convidativo pedido comecei a desenhar um sol e nuvens, mas não com as cores normais, decidi faze-lo a cor-de-rosa, e esse foi o problema, pois a professora disse que não podia desenhar daquela forma, pois nem o sol nem as nuvens eram cor-de-rosa, mas sim amarelo e azul, respetivamente. A partir deste momento a minha criatividade ficou, de certa forma, limitada, pois foi me cortada a liberdade de imaginar um mundo diferente. Este é, também, um problema da sociedade, a falta de liberdade para sonhar, para voar e para ir mais além.
Referindo, novamente, o tema inicial acho que as pessoas se deviam preocupar-se mais em ser pessoas de valor, do que pessoas de sucesso, pois não basta ser bem-sucedido profissionalmente, o mais importante é encontrar o equilíbrio entre o sucesso profissional e os valores pessoais, as relações estreitadas com o outro e com o meio, pois isso é que nos torna cada vez maiores e mais coesos.
Para concluir, o mais importante é conseguir manter o equilíbrio entre a vida profissional e a vida pessoal, pois só assim é que se atinge o equilíbrio pessoal, e a verdadeira felicidade!!!
Enquanto estamos no secundário o nosso objetivo é conseguir bons resultados acadêmicos para podermos enveredar por um curso superior, que à partida, nos trará conforto e estabilidade, no futuro. Mas, por vezes, os resultados obtidos não são os esperados e perante esta situação surgem momentos de grande angústia, pois começamos a pensar o pior, focando cada vez mais a nossa atenção nos estudos, esquecendo-nos daquilo que nos rodeia, principalmente do outro.
Neste momento eu questiono-me “E se o mundo acabasse amanha, será que aproveitas-te a vida da melhor forma, será que viveste os momentos mais belos que estavam reservados para ti?”. É, se dúvida, crucial obter bons resultados escolares, e desempenhar um bom papel enquanto aluno(a), no entanto não podemos negligenciar o facto de sermos jovens e também precisarmos de nos divertir, sair com os amigos, a fim de podermos completar o nosso desenvolvimento pessoal, de forma saudável.
Na minha opinião é fundamental conciliar ambos, a escola e a vida em sociedade, pois se algo, a nível académico correr menos bem, será uma frustração enorme olhar para traz e ver que o que deixamos foram apenas papeis, e não momentos de diversão e de alegria partilhada!
A pressão que nos é imposta pela sociedade desde cedo, de estudar bastante para ser possível o acesso a um bom curso no ensino superior é, por vezes, ridícula, pois as crianças e jovens são tratadas (os) como robots, pressionados a estudar desde muito cedo, perdendo, muitas das vezes a sua capacidade imaginativa. Com isto não quero dizer que a educação seja pouco benéfica para as crianças, pelo contrário, pois é através do conhecimento que nos tornamos pessoas mais completas, no entanto não podemos levar este conceito a extremos. Por exemplo, lembro-me de quando era criança me cortarem as assas da imaginação, quando numa aula quando me foi solicitado fazer um desenho, e perante aquele convidativo pedido comecei a desenhar um sol e nuvens, mas não com as cores normais, decidi faze-lo a cor-de-rosa, e esse foi o problema, pois a professora disse que não podia desenhar daquela forma, pois nem o sol nem as nuvens eram cor-de-rosa, mas sim amarelo e azul, respetivamente. A partir deste momento a minha criatividade ficou, de certa forma, limitada, pois foi me cortada a liberdade de imaginar um mundo diferente. Este é, também, um problema da sociedade, a falta de liberdade para sonhar, para voar e para ir mais além.
Referindo, novamente, o tema inicial acho que as pessoas se deviam preocupar-se mais em ser pessoas de valor, do que pessoas de sucesso, pois não basta ser bem-sucedido profissionalmente, o mais importante é encontrar o equilíbrio entre o sucesso profissional e os valores pessoais, as relações estreitadas com o outro e com o meio, pois isso é que nos torna cada vez maiores e mais coesos.
Para concluir, o mais importante é conseguir manter o equilíbrio entre a vida profissional e a vida pessoal, pois só assim é que se atinge o equilíbrio pessoal, e a verdadeira felicidade!!!
- Katake02Aprendiz
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Re: Sucesso profissional vs valores pessoais
Sáb Out 06, 2018 5:24 pm
Relativamente à pergunta, "E se o mundo acabasse amanhã".
De facto, pode. Individualmente, isto é. Estamos sujeitos aos mais variados acidentes num basal diário. Carros, asteróide surpresa, falhas cardiovasculares, etc.
Sendo assim, devíamos de ignorar completamente as nossas responsabilidades? Ou o contrário. "Já que não podemos aproveitar a vida ao potencial máximo, mais vale não aproveitar nada". No dia a dia vemos vários exemplos que extremos não levam a lado nenhum. Existe sempre uma perfeita razão, subjetiva, entre tempo passado com amigos, família, lazer e tempo investido numa carreira. Neste sentido concordo com a opinião de cima.
Relativamente à escola retirar creatividade e "tempo de infância". Não concordo totalmente.
Acredito que o sistema educacional em prática é deveras objetivo, mas isso traz um efeito oposto ao desejado. Com isto, um senso de rebelião sofisticado e organizado tem crescido. Diria que a creatividade não está a ser fechada. Pelo contrário, acredito que esta está a ser espremida e usada ainda mais. Em curtas palavras, a escola agora está, de certa forma, a criar uma "rebelião corrupta".
Digo tudo isto baseado nas minhas experiências, nas de familiares mais novos e mais velhos. Fico espantado com as ideias originais que rapazes de 10 anos usam para copiar em testes. Esquemas em equipa, entre várias turmas, etc. Formas de enganar professores, pais e encarregados.
E isto vai-se refletir na sociedade. Formas inteligentes de fuga a impostos, chegar a altos cargos nas respetivas empresas e muito mais.
Mas também, voltando ao tema inicial. Ao tentar fazer com que nos foquemos ainda mais nos estudos, como uma fuga de água numa canalização, o tempo gasto nos valores pessoais vai aumentando gota a gota.
De facto, pode. Individualmente, isto é. Estamos sujeitos aos mais variados acidentes num basal diário. Carros, asteróide surpresa, falhas cardiovasculares, etc.
Sendo assim, devíamos de ignorar completamente as nossas responsabilidades? Ou o contrário. "Já que não podemos aproveitar a vida ao potencial máximo, mais vale não aproveitar nada". No dia a dia vemos vários exemplos que extremos não levam a lado nenhum. Existe sempre uma perfeita razão, subjetiva, entre tempo passado com amigos, família, lazer e tempo investido numa carreira. Neste sentido concordo com a opinião de cima.
Relativamente à escola retirar creatividade e "tempo de infância". Não concordo totalmente.
Acredito que o sistema educacional em prática é deveras objetivo, mas isso traz um efeito oposto ao desejado. Com isto, um senso de rebelião sofisticado e organizado tem crescido. Diria que a creatividade não está a ser fechada. Pelo contrário, acredito que esta está a ser espremida e usada ainda mais. Em curtas palavras, a escola agora está, de certa forma, a criar uma "rebelião corrupta".
Digo tudo isto baseado nas minhas experiências, nas de familiares mais novos e mais velhos. Fico espantado com as ideias originais que rapazes de 10 anos usam para copiar em testes. Esquemas em equipa, entre várias turmas, etc. Formas de enganar professores, pais e encarregados.
E isto vai-se refletir na sociedade. Formas inteligentes de fuga a impostos, chegar a altos cargos nas respetivas empresas e muito mais.
Mas também, voltando ao tema inicial. Ao tentar fazer com que nos foquemos ainda mais nos estudos, como uma fuga de água numa canalização, o tempo gasto nos valores pessoais vai aumentando gota a gota.
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