Violência no namoro

Na minha opinião a violência no namoro é um tema ainda bastante atual e triste de debater. A Prevenção da Violência no Namoro cruza vários domínios. Uma vez que há uma maior
execução deste tipo de violência sobre as raparigas, é considerada também violência de género e enquadra-se no crime de Violência Doméstica.
A violência pode ser ativa ou passiva, verbal ou agida, psicológica ou física. Na violência há sempre um problema de poder; uma assimetria que é usada como fonte de abuso e de triunfo da força sobre a fragilidade.
A violência no namoro não é uma brincadeira de crianças e pode acabar na sala de audiência de um tribunal. Basta apresentar queixa-crime contra o agressor. A possibilidade existe desde 2013, quando o Código Penal incluiu no artigo 152.º, relativo ao crime de violência doméstica, uma alínea sobre as relações de namoro. É urgente explicar que atitudes como o insulto, a ameaça, a humilhação e a proibição não se legitimam. Que em caso algum se deve bater. E que nunca se faz pressão para ter um beijo, muito menos sexo.

Violência no namoro existe quando um parceiro comete um ato de violência, seja este física ou psicológica, para com o outro parceiro, muitas vezes sem o segundo se aperceber do que está a acontecer.

Penso que falamos pouco sobre este tema, especialmente na violência no namoro durante a adolescência.

É um ato muitas vezes feito sem a perceção de quem é atacado e, nos dias de hoje, existem ações de violência, mais psicológicas, que foram romantizadas. Alguns exemplos destes atos são o controlo obsessivo por um dos parceiros, a manipulação para ser feito o que se quer com o outro.

Penso que deveria ser um tema mais falado nas escolas para quem se encontre numa situação destas saiba como agir. Também para quem não se encontra nesta situação, saber reconhecer se algum dia estiver perante ela e também saber reconhecer se acontecer com alguém à sua volta.

“Idealizam amores perfeitos mas há quem conheça uma realidade bem menos romântica. Se no início as relações são cor-de-rosa, rapidamente os namoros podem ficar uma coisa má e estragada. Insultar, agredir, proibir, ameaçar e perseguir são comportamentos violentos que muitos encaram com normalidade. Para alguns são manifestações de amor. Para a justiça são crimes que devem ser denunciados.”
Esta frase diz tudo. No meu ponto de vista isto da violência no namoro não é tão falado como devia. É triste saber que há pessoas a sofrer com isto, mas às vezes nem se apercebem. O facto de querer sempre justificações, "Onde é que estavas?”, “Quem era aquele/a?”, estas perguntas frequentes não mostram amor, mostram a necessidade do agressor controlar a vítima. Nada justifica um toque mais violento, o simples movimento de levantar a mão perante o companheiro, como se fosse para o intimidar, isso já é violência (psicológica).
Por vezes as pessoas estão tão preocupadas em realizar o namoro perfeito com o seu parceiro que acabam por se deixar levar com estas atitudes que mostram obsessão. Ser obsessivo ou demasiado ciumento não é romântico. A partir do momento em que a pessoa se torna obsessiva pelo companheiro já não há amor, há obsessão.

Violência no namoro é um tema que ao longo dos anos tem sido bastante abordado e alertado mas que de qualquer maneira continua a ocorrer com frequência em qualquer parte do mundo.
A violência do namoro assemelhasse a violência doméstica que é quando um dos membros da relação tenta possuir algum domínio e controlo sobre a outra pessoa através de comportamentos violentos e agressivos que podem ser físicos, psicológicos e até sexuais.
Muitas das vezes quem sofre dentro de um relacionamento abusivo não consegue ver que realmente está num, pois associa esse tipo de obsessão com amor, sendo uma visão completamente distorcida do mesmo, já que quem ama nunca faria algo que fosse prejudicar ou magoar de alguma forma a outra pessoa.
Outro dos motivos que leva a estas vítimas a permanecerem neste tipo de relacionamento é por já terem muitas das vezes uma vida em conjunto e filhos e terem medo do que a outra pessoa possa fazer consigo e com eles ao longo da separação.
Se te encontras numa relação tóxica e não consegues sair dela porque acreditas amar a pessoa com quem estás acredita que isso não é amor e sim dependência emocional ,que é quando já não consegues imaginar a tua vida sem aquela pessoa e quando pensas que sem ela já não és nada ,mas isso não é verdade, nessa situação procura trabalhar mais o teu amor próprio e principalmente procurar ajuda de alguém que te possa orientar a melhor maneira de o fazer, para de uma vez por todas te conseguires livrar de uma pessoa que não te acrescenta em nada e que só te faz sentir mal.
Ama-te em primeiro lugar antes de qualquer outra pessoa e valoriza quem és.