A escrita de Eça de Queiroz

Eça de Queiroz (1845–1900), de seu nome completo José Maria de Eça de Queiroz, foi um escritor e diplomata português, considerado um dos maiores romancistas de toda a literatura portuguesa e o primeiro e principal escritor realista do nosso país.
Foi um inovador profundo e perspicaz da prosa literária portuguesa, pela introdução de novas formas de linguagem, neologismos e mudanças na sintaxe.
Eça de Queiroz possui um vasto reportório de obras publicadas, que pode ser dividido em três fases. Na primeira fase, as suas obras foram, quase totalmente, influenciadas pelo romantismo. Na segunda, os seus romances passaram a ter um carácter realístico marcante. Na terceira e última fase, existem diversas escrituras que testam os limites de variados estilos literários.
Recebeu grande influência literária do escritor francês Gustave Flaubert, afastando-se do modelo de escrita clássico. Aborda temas simples e do quotidiano, temas históricos e reflexões sobre a condição humana, observada nas vertentes individual e social, premiadas de ironia, humor e realismo.
As obras de Eça de Queirós fazem parte do movimento realista português. Consequentemente, as suas narrativas possuem uma linguagem mais objetiva, tendo o descritivismo como uma das principais características e apresentam uma perspetiva antirromântica, na qual não existem idealizações.
A sua escrita reflete uma crítica sociopolítica sobre o país e a sociedade da época. Crítica, esta, possível não só graças ao seu espírito analítico, mas também pelo distanciamento crítico proveniente da sua experiência de vida no estrangeiro. O seu foco principal era a elite burguesa, cujas personagens são submetidas a uma análise psicológica e desmascaradas pelos seus comportamentos imorais.

Uma escrita inconfundível, envolvente e intemporal!