[Resumo] Éticas teológicas (Consequencialistas)

Dom maio 14, 2023 3:45 pm

Éticas teológicas

(Consequencialistas/Utilitaristas)

Este tipo de ética defende que uma ação não é boa ou má intrinsecamente (por si só) mas pelas consequências que origina.

A filosofia moral de Mill

Stuart Mill foi um filósofo inglês do século XIX que desenvolveu esta ética, com ideias que se podem resumir neste quadro:

DEVER → Consequencialismo

A moralidade de uma ação depende apenas das consequências que esta origina.

MAXIMIZAÇÃO
1. IMPARCIALIDADE

Esta ética defende que as ações devem ser realizadas de forma imparcial, ou seja, sem favorecimentos pessoais ou discriminação arbitrária.

→ Felicidade Geral

A ação tomada deve contribuir para a felicidade/o benefício do maior número de pessoas possível.
→ Hedonismo

O hedonismo é a ideia de que o prazer e a ausência de dor são os únicos objetivos intrinsecamente valiosos nas ações. Para Mill, beneficiar um maior número de pessoas em detrimento de outras é uma atitude hedónica (prazerosa/valiosa).

2. PRINCÍPIO DA UTILIDADE OU DA MAIOR FELICIDADE (Utilitarismo)

O princípio da utilidade, também conhecido como utilitarismo, diz que devemos tomar ações que tragam a maior quantidade de felicidade ou bem-estar para o maior número possível de pessoas.

Para uma ação ser moralmente correta segundo esta ética, tanto o Utilitarismo como a Imparcialidade devem estar presentes na decisão da pessoa em causa.

Objeções à ética de Mill:
· Legitimiza a instrumentalização do ser humano.

Se a ação executada por uma pessoa envolver o uso do ser humano como um meio para alcançar um fim que traga felicidade geral de maneira imparcial, então esta ação é moralmente correta segundo esta ética.

· Legitimiza consequências moralmente inaceitáveis.

Como o foco principal está na maximização da felicidade geral, é possível que certas ações consideradas moralmente erradas sejam justificadas se produzirem um resultado positivo em termos de felicidade. Por exemplo, numa situação hipotética, poderia ser argumentado que torturar uma pessoa inocente traria prazer intenso a um grande número de pessoas, resultando numa maior felicidade geral. Sob o princípio da utilidade, esta ação seria considerada moralmente correta, embora seja amplamente considerada imoral por outras teorias éticas.