Corrupção presente no "Os Maias"

"Os Maias" é um livro de Eça de Queirós, publicada em 1888. O livro retrata a sociedade portuguesa do século XIX, abordando vários temas, incluindo a corrupção. Podemos observar que a corrupção afeta as personagens e a sociedade em geral.

Uma das principais críticas que Eça de Queirós faz em relação à corrupção é a sua presença generalizada em todos os níveis da sociedade. Através das personagens principais, Carlos da Maia e João da Ega, o autor expõe as falhas éticas e morais presentes na elite portuguesa, especialmente na política e na alta burguesia. É retratada como uma prática enraizada e aceita socialmente, onde as pessoas buscam seus próprios interesses em detrimento do bem comum.

Um exemplo marcante de corrupção no livro é o "caso Taveira", que envolve o personagem de um poderoso corrupto, Dâmaso Salcede. Esse episódio mostra a impunidade dos poderosos, que são capazes de manipular a justiça e escapar das consequências de seus atos corruptos. Eça de Queirós expõe a falta de moralidade e a decadência da classe dominante, revelando a corrupção como um fator corrosivo que mina os fundamentos da sociedade.

Além disso, o autor também critica a corrupção como um obstáculo ao progresso e ao desenvolvimento do país. A corrupção desvia recursos que poderiam ser investidos em melhorias sociais, educacionais e infraestruturais..

No entanto, é importante ressaltar que a corrupção em "Os Maias" não é retratada de forma simplista. Eça de Queirós também explora as motivações e os contextos que levam à corrupção. Ele mostra como a sociedade cria um ambiente propício para a corrupção florescer,.