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"Floriram por engano as rosas bravas" Empty "Floriram por engano as rosas bravas"

Qua maio 24, 2023 5:36 pm
Camilo de Almeida Pessanha nasceu no dia 7 de setembro de 1867 em Coimbra, foi um poeta e advogado português, tido por muitos como o poeta que melhor representa o Simbolismo português. Dono de uma poesia notoriamente pessimista, que rejeita o mundo material e carrega na alma a dor de existir.


Em Macau cumpriu um exílio voluntário de quase 30 anos por causa, dizem, de um desgosto de amor. Ana de Castro Osório recusou o seu pedido de casamento, mas foi ela quem cuidou de editar “Clepsidra”, o livro de poesia que o imortalizou. A sua obra influenciou vários artistas, especialmente aqueles da chamada Geração de Orpheu, como Mário de Sá-Carneiro e Fernando Pessoa.


De Camilo diz-se que se deixou cair no vício do ópio, que a sua figura impressionava pela magreza, pelas barbas negras e um certo olhar febril, que tinha a saúde fraca e medo da morte. Por duas vezes voltou a Portugal para tratar-se. Mas o poeta que escreveu “eu vi a luz em um país perdido, a minha alma é lânguida e inerme” morreu na sua Macau, a que um dia chamou “o chão antipático do exílio”, no dia 1 de março de 1926.


O poema "Floriram por engano as rosas bravas" fala sobre a condição humana ser efêmera e o amor precário e ilusório. Numa primeira parte notamos que o sujeito poético vai perdendo a esperança no amor, mas ela ainda lá está, pois ele demonstra-se inquieto com o silêncio da sua amada e melancólico ao notar que os olhos dela vão tristes. Já na segunda parte, existe uma total ausência de esperança do sujeito poético em reviver este amor, acabando por comparar os seus sentimentos com o inverno, uma estação pesada, fria e solitária, e apesar de os dois estarem de "mãos dadas", estão distantes e "alheios" aos pensamentos. 
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