[Livro] "A Culpa é das Estrelas" - by John Green

“A Culpa é das Estrelas” foi escrito e lançado pelo brilhante autor John Green em 2012.

Este livro tem como personagens principais Hazel Grace Lencaster e Augustus Waters. Ambos são jovens com cancro, tendo Gus já superado esta batalha, mas para Hazel as coisas são um bocado diferentes. Apesar do milagre da medicina que fez diminuir o tumor que a atacara há alguns anos, Hazel nunca tinha conhecido outra situação que não a de doente terminal, sendo o capítulo final da sua vida uma parte integrante do seu diagnóstico. Estes dois conhecem-se num Grupo de Apoio dos Miúdos com Cancro, onde Gus vira a vida de Hazel de pernas para o ar, dando-lhe um novo rumo e uma nova motivação para continuar a lutar.

Este livro aborda uma história de amor que vai crescendo com estes dois jovens que desde muito cedo aprenderam que a vida é cruel. Considero que é uma das histórias mais belas de todos os tempos, mas também uma das mais tristes. É mais um daqueles livros que nos faz ficar agarrados a ele até o terminarmos porque nos enche a mente de tal maneira que é impossível terminarmos o nosso dia sem saber como acaba cada capítulo.

Para mim, este foi mais um dos livros que mais me marcou por já ter estado ao lado de uma pessoa que também partiu deste mundo devido a esta doença. Fez-me viver o que as personagens viviam e acabava por dar vida ao livro dentro de mim. Também consegui ver que a vida tem que ser vivida da melhor maneira possível e que temos que aproveitar cada dia como se fosse o último porque, a verdade, é que nós não sabemos se cá vamos estar amanhã, então, um conselho que eu deixo é, digam todos os dias às pessoas que mais gostam o quanto gostam delas, pois se não acordar amanhã, sem que adormeci feliz.

Algumas das minhas citações favoritas são “Aparentemente, o mundo não é uma fábrica de realizar desejos” e “As marcas que os seres humanos deixam são, com frequência, cicatrizes”. Gosto muito destas citações porque descrevem um pouco do que eu senti quando passei por esta situação. As memórias, que são como cicatrizes, ficam sempre, mesmo que as tentemos esconder ou evitar, elas estão lá para nos lembrarmos dos bons momentos que passámos juntos e para nos relembrar de tudo para o que ainda vale a pena viver. As pessoas que amamos e já partiram vão estar sempre connosco, a guiar-nos nas estrelas, à espera de que um dia subamos para as tornarmos a ver.

Concluindo, não mudava nada neste livro porque foi realmente um privilégio poder lê-lo e aprender com ele. Este ensinou-me que é possível amar até doer, mas também que o amor é uma moeda de dupla face, havendo momentos bons e maus, alegrias e tristezas, mas que é um amor pelo qual vale a pena lutar e que, mesmo depois da tragédia, é possível voltar a ser feliz.