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A crise, o desemprego e a necessidade de emigração

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A crise, o desemprego e a necessidade de emigração Empty A crise, o desemprego e a necessidade de emigração

Qui Out 18, 2012 9:04 pm
Hoje ouvi nas notícias um caso de um jovem enfermeiro, recém licenciado que, de entre mais 28 enfermeiros, emigrou para o Reino Unido.
Ora e este jovem, de nome Pedro Marques, endereçou esta curiosa carta ao Presidente da República de Portugal.

Leiam e comentem (se para isto houver descrição):

"Carta de despedida à Presidência da República

Excelência,
Não me conhece, mas eu conheço-o e, por isso, espero que não se importe que lhe dê alguns dados biográficos. Chamo-me Pedro Miguel, tenho 22 anos, sou um recém-licenciado da Escola Superior de Enfermagem do Porto. Nasci no dia 31 de Julho de 1990 na freguesia de Miragaia. Cresci em Alijó com os meus avós paternos, brinquei na rua e frequentava a creche da Vila. Outras vezes acompanhava a minha avó e o meu avô quando estes iam trabalhar para o Meiral, um terreno de árvores de fruto, vinha (como a maioria daquela zona), entre outros. Aprendi a dizer “bom dia”, “boa tarde”, “boa noite” quando me cruzava na rua com terceiros. Aprendi que a vida se conquista com trabalho e dedicação. Aprendi, ou melhor dizendo, ficou em mim a génesis da ideia de que o valor de um homem reside no poder e força das suas convicções, no trato que dá aos seus iguais, no respeito pelo que o rodeia.
Voltei para a cidade onde continuei o meu percurso: andei numa creche em Aldoar, freguesia do Porto e no Patronato de Santa Teresinha; frequentei a escola João de Deus durante os primeiros 4 anos de escolaridade, o Grande Colégio Universal até ao 10º ano e a Escola Secundária João Gonçalves Zarco nos dois anos de ensino secundário que restam. Em 2008 candidatei-me e fui aceite na Escola Superior de Enfermagem do Porto, como referi, tendo terminado o meu curso em 2012 com a classificação de Bom. Nunca reprovei nenhum ano. No ensino superior conclui todas as unidades curriculares sem “deixar nenhuma cadeira para trás” como se costuma dizer.
Durante estes 20 anos em que vivi no Grande Porto, cresci em tamanho, em sabedoria e em graça. Fui educado por uma freira, a irmã Celeste, da qual ainda me recordo de a ver tirar o véu e ficar surpreendido por ela ter cabelo; tive professores que me ensinaram a ver o mundo (nem todos bons, mas alguns dignos de serem apelidados de Professores, assim mesmo com P maiúsculo); tive catequistas que, mais do que religião, me ensinaram muito sobre amizade, amor, convivência, sobre a vida no geral; tive a minha família que me acompanhou e me fez; tive amigos que partilharam muito, alguns segredos, algumas loucuras próprias dos anos em flor; tive Praxe, aquilo que tanta polémica dá, não tendo uma única queixa da mesma, discutindo Praxe várias vezes com diversos professores e outras pessoas, e posso afirmar ter sido ela que me fez crescer muito, perceber muita coisa diferente, conviver com outras realidades, ter tirado da minha boca para poder oferecer um lanche a um colega que não tinha que comer nesse dia. Tudo isto me engrandeceu o espírito. E cresci, tornei-me um cidadão que, não sendo perfeito, luto pelas coisas em que eu acredito, persigo objetivos e almejo, como todos os demais, a felicidade, a presença de um propósito em existirmos. Sou exigente comigo mesmo, em ser cada vez melhor, em ter um lugar no mundo, poder dizer “eu existo, eu marquei o mundo com os meus atos”.
Pergunta agora o senhor por que razão estarei eu a contar-lhe isto. Eu respondo-lhe: quero despedir-me de si. Em menos de 48 horas estarei a embarcar para o Reino Unido numa viagem só de ida. É curioso, creio eu, porque a minha família (inclusive o meu pai) foi emigrante em França (onde ainda conservo parte da minha família) e agora também eu o sou. Os motivos são outros, claro, mas o objetivo é mesmo: trabalhar, ter dinheiro, ter um futuro. Lamento não poder dar ao meu país o que ele me deu. Junto comigo levo mais 24 pessoas de vários pontos do país, de várias escolas de Enfermagem. Somos dos melhores do mundo, sabia? E não somos reconhecidos, não somos contratados, não somos respeitados. O respeito foi uma das palavras que mais habituado cresci a ouvir. A par dessa também a responsabilidade pelos meus atos, o assumir da consequência, boa ou má (não me considero, volto a dizer, perfeito).
Esse assumir de uma consequência, a pro-atividade para fazer mais, o pensar, ter uma perspetiva sobre as coisas, é algo que falta em Portugal. Considero ridículas estas últimas semanas. Não entendo as manifestações que se fazem que não sejam pacíficas. Não sou a favor das multidões em protesto com caras tapadas (se estão lá, deem a cara pelo que lutam), daqueles que batem em polícias e afins. Mais, a culpa do país estar como está não é sua, nem dos sucessivos governos rosas e laranjas com um azul à mistura: a culpa é de todos. Porquê? Porque vivemos com uma Assembleia que pretende ser representativa, existindo, por isso, eleições. A culpa é nossa que vos pusemos nesse pódio onde não merecem estar. Contudo o povo cansou-se da ausência de alternativas, da austeridade, do desemprego, das taxas, dos impostos. E pedem um novo Abril. Para quê? O Abril somos nós, a liberdade é nossa. E é essa liberdade que nos permite sair à rua, que me permite escrever estas linhas. O que nós precisamos é que se recorde que Abril existiu para ser o povo quem “mais ordena”. E a precisarmos de algo, precisamos que nos seja relembrado as nossas funções, os nossos direitos, mas, sobretudo, principalmente, com muita ênfase, os nossos deveres.
Porém, irei partir. Dia 18 de Outubro levarei um cachecol de Portugal ao pescoço e uma bandeira na bagagem de mão. Levarei a Pátria para outra Pátria, levarei a excelência do que todas as pessoas me deram para outro país. Mostrarei o que sou, conquistarei mais. Mas não me esquecerei nunca do que deixei cá. Nunca. Deixo amigos, deixo a minha família. Como posso explicar à minha sobrinha que tem um ano que eu a amo, mas que não posso estar junto dela? Como posso justificar a minha ausência? Como posso dizer adeus aos meus avós, aos meus tios, ao meu pai? Eles criaram, fizeram-me um Homem. Sou sem dúvida um privilegiado. Ainda consigo ter dinheiro para emigrar, o que não é para todos. Sou educado, tenho objetivos, tenho valores. Sou um privilegiado.
E é por isso que lhe faço um último pedido. Por favor, não crie um imposto sobre as lágrimas e muito menos sobre a saudade. Permita-me chorar, odiar este país por minutos que sejam, por não me permitir viver no meu país, trabalhar no meu país, envelhecer no meu país. Permita-me sentir falta do cheiro a mar, do sol, da comida, dos campos da minha aldeia. Permita-me, sim? E verá que nos meus olhos haverá saudade e a esperança de um dia aqui voltar, voltar à minha terra. Voltarei com mágoa, mas sem ressentimentos, ao país que, lá bem no fundo, me expulsou dele mesmo.

Não pretendo que me responda, sinceramente. Sei que ser político obriga a ser politicamente correto, que me desejará boa sorte, felicidades. Prefiro ouvir isso de quem o diz com uma lágrima no coração, com o desejo ardente de que de facto essa sorte exista no meu caminho.

Cumprimentos,
Pedro Marques"

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Enquanto eu tiver perguntas e não houver respostas... continuarei a escrever (Clarice Lispector)
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JRVF
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A crise, o desemprego e a necessidade de emigração Empty Re: A crise, o desemprego e a necessidade de emigração

Dom maio 26, 2013 12:31 pm
Sinceramente nem sei o que dizer... Estou bastante impressionada com o que li!
Na minha opinião, não é justo uma pessoa que nasce no seu país, junto dos seus, e que ao longo dos anos e à medida que cresce, se habitua ao calor que este país nos dá, à humildade dos portugueses, à felicidade com que cada um acorda todos os dias, e que passado anos e na hora de se lançar para o mercado do trabalho, tenha de abandonar o seu país!
Ainda não estou a passar por isso, mas para os que estão deve ser de uma tristeza e de um mágoa total!
Se os que se estão a lançar agora para o mercado de trabalho são, praticamente, obrigados a ir embora, deixar as suas famílias, amigos, o seu país, porque, como é óbvio, não querem estar desempregados, então daqui a uns anos, quando chegar a minha vez e a dos meus colegas, será que vai ser pior? Será que este país não vai mudar?
Atualmente os recém-licenciados são "expulsos" do nosso país, esta ação é completamente inadmissível, isto tem de acabar!
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A crise, o desemprego e a necessidade de emigração Empty O despesismo de um pais leva ao desemprego

Ter maio 20, 2014 10:10 pm
O Portugal que hoje temos é fruto de muitas más escolhas. Foram as mil auto-estradas, os estádios de futebol, o dinheiro fácil para projetos que não vingaram no tempo nem criaram desenvolvimento.
Porque é que temos tão pouca produtividade, porque nos queixamos tanto, porque ficamos tão felizes com os subsídios?
Sei que não há emprego, que a emigração é uma saída quase inevitável pela falta de oportunidades.
No entanto, vejo que muitos jovens foram educados num mar de facilidades. A terem tudo sem esforço, sem esperar, sem trabalhar para isso.
Tudo o que vale a pena é difícil. Ao emigrar, vão se sujeitar a tudo. Cá, seriam capazes de tanto esforço?
A vontade de trabalhar e a disponibilidade para trabalhar está na nossa cabeça. Somos poupados? Gastamos os nossos recursos com inteligência? O que podemos fazer com o que temos à disposição? Será que podemos ser motores das nossas oportunidades?
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A crise, o desemprego e a necessidade de emigração Empty A crise, o desemprego e a necessidade de emigração

Dom Jun 01, 2014 10:27 pm
A meu ver Portugal está num caus caótico, porque não souberam gerir o dinheiro que este possuía, gastaram-no inoportunamente, sem saberem distinguir o que viria a ser rentável e o que só daria despesas para o estado, mais propriamente para a população, porque esta é que paga os impostos e fornece dinheiro ao Estado para tapar os “buracos” que fizeram.
O problema é que com estes erros todos, nós, os “sobreviventes”, é que estamos a trabalhar para o Estado, e muitos destes “sobreviventes” acabam por “morrer” em Portugal, e têm que ir trabalhar para outros países para conseguir sustentar a família que tanto amam, e que um dia desejam vê-los como reflexo do seu ser.
Para finalizar, eu penso que deveríamos apostar mais no mercado português e nas exportações, de maneira a que a nossa balança comercial fique favorável e aumento o emprego em Portugal…

______________________

Posso não ser aquilo que quero, mas serei sempre aquilo que tu queres
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Inês Teixeira
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A crise, o desemprego e a necessidade de emigração Empty Re: A crise, o desemprego e a necessidade de emigração

Dom Dez 07, 2014 10:00 pm
A emigração voltou a ser uma realidade que assombra Portugal. Todos os dias conhecem-se exemplos de indivíduos que perderam a esperança e resolveram mudar de vida. Indivíduos, que sentiam o país a ficar mais longe, desistiram de esperar e, agora, partem em busca de novas oportunidades e de um país que os valorize. Mas o que torna este fenómeno mais grave é que são, maioritariamente, jovens a emigrar. Emigrantes qualificados que cresceram em Portugal, estudaram em Portugal, acreditaram em Portugal. Os melhores profissionais, os quais tinham uma maior potencialidade para mudar o país, estão a partir. E agora? Além da crise económica e financeira e do desemprego, surge um novo problema: o envelhecimento do país. Problemas criam problemas e o país não os consegue resolver… Que futuro terá Portugal?
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belinhasousa
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A crise, o desemprego e a necessidade de emigração Empty Re: A crise, o desemprego e a necessidade de emigração

Dom Dez 07, 2014 11:53 pm
A crise, um grave problema que assombra Portugal já à algum tempo. Isto tudo é como uma bola de neve, a crise leva ao desemprego, este por sua vez leva a que as pessoas não tenham dinheiro para comprar nada, pois os preços aumentaram, assim elas sentem-se obrigadas a emigrar. Muitas pessoas procuram no estrangeiro aquilo que não encontram no seu próprio país, como por exemplo, emprego e melhores condições de vida. Emigração, todos os dias imensas pessoas emigram na ância de um emprego, sujeitando-se a qualquer coisa. Não consigo perceber porque é que aqui se lhes aparece algum trabalho, como por exemplo fazer limpezas, a maioria das pessoas não aceita, pois para o seu currículo aquilo é muito menos do que alguma vez desejaram, mas no estrangeiro se lhes aparece esse mesmo trabalho não pensam duas vezes. Eu acho que se em Portugal essas pessoas aceitassem o trabalho não iriam para outros países deixando a família e os seus amigos para trás, pois a emigração trás esse problema, o facto de primeiro o individuo ir "de mãos a abanar", ou seja, vai sem nada, e depois deixam tudo para trás. Devemos poupar e ser trabalhadores, pois assim estamos sempre preparados para qualquer situação.
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Pedro Reis
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A crise, o desemprego e a necessidade de emigração Empty Re: A crise, o desemprego e a necessidade de emigração

Ter Jan 13, 2015 9:48 pm
Realmente, é triste que alguém que se empenhou tanto e que estudou tanto se veja obrigado a sair do país para conseguir ter uma vida digna com um emprego que permita criar uma família.
Esta mensagem merece mesmo ser objeto de reflexão porque na verdade representa milhares de jovens recém-licenciados que se vêm obrigados pelo próprio país a trabalhar no estrangeiro, longe dos que mais gosta.
A questão que se coloca é: MAS AFINAL ANDA PORTUGAL A INVESTIR NA EDUCAÇÃO PARA QUE OS CONHECIMENTOS SEJAM APLICADOS EM PROL DE OUTRO PAÍS?
Portugal investe na educação. E, apesar de esse investimento ser insuficiente, nós conseguimos formar ótimos alunos, extremamente qualificados e capazes. Mais! Nós temos os MELHORES DO MUNDO em muitas áreas...  medicina, biologia, bioquímica, física, arte e tecnologias. No entanto na hora de o país poder retirar dividendos desse investimento que fez para ter trabalhadores qualificados que "façam o país andar para a frente" com ideias novas e competência, não é capaz de gerar postos de trabalho em que esses recém licenciados possam, aplicando os seus conhecimentos, gerar riqueza para eles mesmos e também para o país.
Concluindo, a educação em Portugal não é um investimento, mas sim uma despesa. Quem beneficia do conhecimento dos recém-licenciados portugueses são os países para os quais eles emigram... Reino Unido, neste caso...
E o mais grave é que com todas estas condicionantes, o que se prevê é que portugal se torne um país de malandros... Pessoas que fazem o mínimo e que se contentam com o mínimo...
Muito provavelmente, o futuro dos jovens nos próximos anos (pelo menos aqueles que têm grandes ambições) passa pela emigração.
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nunoc
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A crise, o desemprego e a necessidade de emigração Empty A crise, o desemprego e a necessidade de emigração

Sáb Fev 07, 2015 9:46 pm
A crise económica e a falta de emprego têm levado milhares de portugueses a emigrar, havendo muitos desempregados que anulam a inscrição nos centros de emprego e que apontam como razão a emigração.
Os portugueses são cobiçados nos mercados internacionais pela boa qualificação académica, capacidade de trabalho e facilidade de dominar outras línguas, havendo cada vez mais casos de portugueses que integram estruturas dirigentes de grandes empresas internacionais. Por esse mesmo motivo, o Estado português devia investir mais dinheiro nestes jovens com potencial, cheios de ideias, em vez de desperdiçar dinheiro a construir mais auto-estradas ou aumentar as mesmas, em que passam meia dúzia de carros por dia.
Contudo, Portugal prefere continuar como está, e deixar estas pessoas emigrar, dado que se continuarem no seu país natal não são capazes de criar famílias que possam sustentar, apesar das suas imensas capacidades.

"Países como Portugal e Espanha têm demasiados licenciados, o que faz com que não tenham noção das vantagens do ensino vocacional." - Angela Merkel
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goncaloqueirogasilva
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A crise, o desemprego e a necessidade de emigração Empty Re: A crise, o desemprego e a necessidade de emigração

Seg Mar 16, 2015 9:06 pm
Boa noite, como todos sabemos, Portugal em relação a outros países da Europa e da América do Norte não possui um grau de desenvolvimento tão elevado. Mesmo antes da crise, os portugueses mais dotados em certas áreas imigravam para outros países devido às condições que outros países proporcionavam em relação a Portugal.
Com a crise, as condições de trabalho sofreram bastante, ou seja, muitas empresas faliram, muitos trabalhadores foram despedidos, outros tiveram uma queda brusca no salário e isso faz com que os jovens de atualmente reflitam sobre o que querem e que observem que as condições de vida noutros países são muito mais favoráveis.


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dave1505
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A crise, o desemprego e a necessidade de emigração Empty A crise, o desemprego e a necessidade de emigração

Seg Mar 16, 2015 10:29 pm
Com o atual estado do país a agravar-se, é cada vez mais inevitável ouvir conversas sobre estes temas. Mostra-nos como o futuro é incerto e que, independentemente do quanto nos esforcemos, não podemos ter nenhum fruto de todo o nosso trabalho e dedicação minimamente garantido.
  Vemos isso a acontecer com muitos e, normalmente, pessoas que nos são muito próximas, por isso, até os mais jovens deverão estar muito familiarizados com o assunto. O principal fator que deixa a maioria preocupada é se vai e, se sim, quanto tempo vai ainda durar. Estamos a estudar e a prepararmo-nos para o nosso futuro, mas quem pode prever o que nos espera? Que empregos terão disponibilidade para aceitar mais trabalhadores? Que empregos para os quais, eventualmente,  pessoas estarão formadas é que as vão deixar desempregadas?
  Um emprego "com futuro", atualmente, em poucos anos poderá ser um simples beco sem saída. A constante mutação da sociedade e de toda esta organização deixa-nos a pensar e refletir, tentando perceber as melhores alternativas, mesmo quando parece que a única coisa que podemos fazer é seguir estudos sem pensar no problema e ter muita esperança que quando chegar a altura, teremos alguma oportunidade. Com a população mundial sempre a aumentar, estes problemas só se vão acumular e visto que essa é uma principal causa, não há propriamente uma solução para o problema, tornando-o imprevisível mas com poucas esperanças de se resolver.
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brigidaisabel
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A crise, o desemprego e a necessidade de emigração Empty O que será do nosso futuro?

Dom Abr 26, 2015 3:39 pm
Bravo: é a primeira palavra que me surgiu, quando acabei de ler a carta acima apresentada.
Não conheço o jovem Pedro Marques, nunca o vi pessoalmente mas sinto por ele já uma enorme simpatia. Ele é mais um lutador, mais um cidadão português, que viu o seu país negar-lhe um futuro junto daqueles que mais ama. Ele é mais uma vítima de um país, cujos seus políticos (de uma forma generalizada) se aproveitam do poder, tendo em conta a defesa dos seus interesses particulares, em vez do bem comum.
Políticos esses que iludem os eleitores com falsas promessas, a fim de subirem ao poder e passarem longos anos a viverem de ordenados avultados, enquanto que o povo se defronta com as tão mediáticas medidas de austeridade, que aniquilam a felicidade, os sonhos, os projetos de toda a população portuguesa mas, principalmente, dos jovens.
A crise, (a meu ver) é o produto final de anos de má gestão financeira dos diversos governos, sendo eles de que partido forem. Atualmente, já não acredito nos políticos portugueses, uma vez que são eles os responsáveis pelo desvanecimento progressivo dos sonhos dos cidadãos, da separação de pais, filhos e famílias inteiras que se verifica à custa da única saída possível, que é a emigração.
Assim, por cá alastra-se o desemprego, a fome, a desigualdade social... um país onde os mais ricos se recusam, na sua maioria, a ajudar o próximo, que grita por ajuda, que se mata por cansaço e frustração.
O que será o nosso futuro? Teremos, à semelhança do "lutador" Pedro Marques, de emigrar, a fim de vermos os nossos sonhos realizados?
O melhor mesmo é continuar a trabalhar, apoiar-mo-nos naqueles que mais nos fazem felizes e pensar um dia de cada vez...
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Ricardo M. Santos Sousa
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A crise, o desemprego e a necessidade de emigração Empty O futuro de Portugal

Dom maio 31, 2015 2:07 pm
É sem dúvida lamentável a situação atual do nosso país.
Tudo parece estar a ir parar à ruína e que nós vamos ser os próximos.
Todos os dias se ouve falar em:
- pessoas sem - abrigo;
- pessoas que são "obrigadas" a emigrar em busca de melhores condições de vida;
- casos de violência doméstica;
- casos de bullying em escolas;
- acidentes rodoviários;
- o envelhecimento do país;
- desemprego;
- dívidas;
- corrupção;
- "geração à rasca"
- ...

Com todas estas más notícias, qualquer cidadão português perde a esperança num futuro melhor para o país.
No entanto eu continuo a acreditar num futuro risonho para o nosso país. Acredito também que a mudança terá de ser muito grande e difícil, no entanto não é impossível. Para mim o segredo está em mudar a mentalidade dos jovens da atualidade que é caracterizada por ser muito pouco responsável e por ser despreocupada com o desenvolvimento do país, porque os jovens são o futuro do país.
Deve ser muito frustrante ter de abandonar o próprio país e os que mais amamos para ter melhores condições de vida. Isto pode acontecer com qualquer um de nós, portanto está na hora de fazer um esforço para mudar o rumo deste país onde nós crescemos e vivemos e onde podemos vir a ser muito felizes.
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brunatavares
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A crise, o desemprego e a necessidade de emigração Empty Re: A crise, o desemprego e a necessidade de emigração

Sex Nov 06, 2015 5:56 pm
A situação que vivemos atualmente no nosso país não é satisfatória para ninguém. Temos um país maravilhoso, com uma cultura riquíssima, paisagens lindas, pessoas que recebem muito bem todos os estrangeiros e que são muito simpáticas para com toda a gente. Mas sabem o que falta? Políticos que saibam governar este tão lindo país. A mim espanta-me o facto de haver tantos políticos corruptos que estão dispostos a roubar o seu próprio país para o melhoramento (ainda mais) da sua qualidade de vida. Esse dinheiro que é desviado, imaginem só o quê que podíamos fazer com ele! Melhorar os nossos hospitais, dar melhores condições de trabalho á população que tanto se esforça para poder ganhar uma ninharia para alimentar e vestir os seus filhos! Poderiam ser criados tantos postos de trabalho que fizessem com que a nossa população jovem ficasse no seu país, no país que ama, no país que o viu nascer... Mas se Portugal não dá essas oportunidades aos nossos jovens, eles têm de procurar trabalho onde ele há... Ninguém os pode criticar por abandonarem o seu país, eles apenas estão "a fazer pela vida", e a tentar ter um emprego que lhes traga a qualidade de vida e as oportunidades que Portugal não dá. Cabe-nos, ainda estudantes, ser o ar fresco no nosso lindo Portugal, tentar mudar o rumo desastroso que o país está a tomar, e esse rumo é para um país envelhecido...
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Mary Maia
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A crise, o desemprego e a necessidade de emigração Empty O Desemprego Jovem em Portugal

Ter Mar 15, 2016 8:07 pm
A temática do desemprego e, em particular, do desemprego jovem assume uma das maiores preocupações dos decisores políticos e da população portuguesa.
  O problema do desemprego jovem atinge não só Portugal, mas também vários países da União Europeia, em que o número de desempregados jovens tem vindo a aumentar de forma acentuada.
  O desemprego jovem tem um ano de referência: 2008, surgindo com a queda do grande banco americano "LEMAN BROTHERS" Neste ano, Portugal foi atingido pela atual crise económica e financeira, registando quase 40% de jovens desempregados, em 2012.
  Neste momento, o desemprego entre os jovens recuou, acompanhando a tendência geral da redução.
  O último boletim do Instituto Nacional de Estatística (INE), de 1 de fevereiro de 2016, refere que 31% da população ativa entre os 15 e os 24 anos, ou seja, quase 112 mil pessoas nesta faixa etária sem trabalho.
 
  Se os números são estes, impõe-se agora uma reflexão sobre esta problemática, descendo a uma das partes mais recônditas da natureza humana: a dimensão ético-política.
  Aqui, procuraremos responder às seguintes questões:

  • o Estado será necessário para tentar solucionar a calamidade do desemprego?


  • será possível uma sociedade justa?


  Já Aristóteles defendia que o HOMEM é intrinsecamente um "animal político" e, por isso, a sua realização, a sua vivência em sociedade, só é possível através do Estado, uma vez que este, é, sem dúvida, a garantia do BEM COMUM(a felicidade e a justiça). Portanto, o Estado não cumpre a sua função se nenhum destes objetivos ( promoção do bem comum que passa pela felicidade e justiça) for cumprido. É dever do Estado assegurar a nossa realização pessoal, estes objetivos como já referi, e qual é uma das maiores realizações pessoais da maior parte dos indivíduos? É, indubitavelmente, o TRABALHO.
 
  Por seu turno,John Locke afirmava que o Estado era necessário e legítimo, devendo proporcionar o bem-estar, a felicidade e a justiça, de modo a garantir o bem-comum. E como podemos nós adquirir este bem-comum se o emprego é, aos olhos da sociedade, cada vez mais escasso?
 
  Finalmente, recordo-me de ouvir das palavras de John Rawls, o retrato de um Estado com a obrigação de compensar desigualdades, uma justiça com equidade, uma sociedade justa onde os direitos garantidos pela justiça não estão dependentes da negociação política ou de interesse sociais, um estado onde há oportunidade justa de EDUCAÇÃO e TRABALHO. Aliás, segundo o Artigo 23º da Declaração Universal dos Direitos do Homem, "Toda a pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha do trabalho, a condições equitativas e satisfatórias de trabalho e à proteção contra o desemprego.", todavia, será este direito assegurado por todo o nosso Estado? Proporcionado de igual modo a todos os nossos cidadãos?
 
  A minha pergunta é se abandonar o nosso país, o "país à beira mar plantado"CAMÕES , emigrar, será realmente a solução para o futuro da geração de hoje, os trabalhadores do futuro?
 
  A meu ver, Portugal como membro de pleno direito da União Europeia, deveria diversificar os incentivos à fixação dos seus jovens, através de uma aposta mais forte no Ensino Profissional:


  • cursos essencialmente práticos de curta duração;

    • estabelecimento de protocolos com as empresas, de modo a assegurar pleno emprego a todos os jovens formandos


      Não seremos nós, devido à nossa atitude demasiado passiva face aos nossos governantes,talvez dos maiores culpados de toda esta situação. Talvez se os jovens tivessem um maior interesse por defender os seus interesses, de cumprir o seu dever de votar e eleger o melhor para a nossa sociedade, provavelmente hoje, o país não estivesse numa situação precária como a dos dias de hoje.
     
    Em suma, o meu maior desejo é que jovens, vocês que aqui me ouvem, não desistam de lutar por um mundo melhor e por uma sociedade mais justa, não desistam de lutar pelo FIM DESTE FLAGELO QUE É O DESEMPREGO JOVEM!

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A crise, o desemprego e a necessidade de emigração Empty Re: A crise, o desemprego e a necessidade de emigração

Sáb Fev 04, 2017 12:18 pm
  Desde há vários anos, tem vindo a ser falado um assunto polémico, a emigração. Esta consiste na mudança de país na procura de emprego com o objetivo de melhorar a qualidade de vida.
  Com efeito, neste tempo, podemos reparar que a maioria da população tenta evitar essa mudança, pelo facto de adorarem trabalhar perto das suas origens mesmo que noutros sítios hajam mais oportunidades. A meu ver, esta é uma boa opção porque todos necessitamos de uma certa estabilidade económica, sendo isto uma vantagem da emigração. Contudo as suas desvantagens são importantes, tais como: uma língua diferente, a dificuldade de encontrar um emprego e as saudades de todos ao ser redor.
  Hoje em dia, imensas famílias têm membros emigrantes, em que o seu emprego pode nem ser na sua área específica. Normalmente, a escolha de emigrar é vista pensando somente nas consequências negativas, mas se esta for necessária para ter qualidade de vida, no meu entender, é uma boa opção.
  Concluindo, a escolha correta deve ser tomada tendo em conta todos os prós e contras e quem emigra pode ser feliz e de facto é preciso ser corajoso para isso, porque não é fácil deixar o seu país e as suas raízes para trás
.
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A crise, o desemprego e a necessidade de emigração Empty (In)Certezas

Ter Fev 28, 2017 10:33 pm
O quadro é dramático e não inspira confiança. Os trabalhadores portugueses, em particular os jovens, vivem encurralados entre incertezas e inseguranças. Uma elevada taxa de desemprego, oferta de emprego com baixa remuneração e contratos precários são vulnerabilidades que existem no nosso país e que são faladas praticamente todos os dias.
É frustrante viver numa sociedade em que tudo isto é realidade. Vamos para a faculdade para o que acreditamos ser o melhor e, depois de acabarmos o curso, o futuro parece cingir-se a dois caminhos, o desemprego ou a emigração; ou para aqueles que têm chamemos-lhe sorte, o terceiro caminho, um emprego, provavelmente com condições lastimáveis. Assusta não haver um panorama positivo. O ideal seria ter a certeza do futuro, mas também este perderia a sua piada e o lutar seria esquecido. Ao escolher o que seguir é importante seguir o coração e a razão, ou então seremos infelizes. E viver infeliz para quê? Para além disto, é preciso arriscar, não se sabe como estará tudo daqui a 5/10/15 anos; o pensar a longo prazo é algo que ficou para trás.
Que a esperança nunca desapareça...
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