Crenças

Crenças
Existem. Para o bem e para o mal. Para evitar estarmos sempre a questionar tudo; acreditar facilita o nosso dia a dia. É assim porque é! Temos um quadro de referências. O problema é quando a crença não é uma opção, mas um dogma. Passamos a acreditar no que nos dizem sem saber realmente o porquê das coisas, sem nos questionarmos para chegarmos a uma conclusão.
O problema das crenças é quando passam a ser os dogmas da sociedade.
Dogmas são fatores limitantes independentemente do que resolvem. Impedem-nos de pensar para além do que sabemos e avançar no nosso longo caminho.
Mais uma vez, somos os únicos animais capazes de imaginar o que não existe; somos os únicos animais capazes de acreditar. E é no que acreditamos que nos molda.
Não digo que nos tornamos melhores ou piores por acreditarmos, porque é sempre bom acreditar em alguma coisa para nos fazer ter alguma esperança, mas estas crenças não nos podem impedir de observar o horizonte e questionar “E depois?”.
Vamos recuar uns anos atrás. Aliás vamos recuar umas centenas de anos atrás. Imaginem-se numa altura em que a Terra era plana, que depois do horizonte vinha o fim do mundo, que nós nos encontrávamos no centro do universo e que tudo girava á nossa volta. Estas eram os dogmas da altura, dogmas esses que ninguém podia contrariar e que todos tinham de assumir como sendo a única e exclusiva realidade. Agora voltamos á atualidade, onde vemos que nada disso é o que sabemos agora. Sabemos que a Terra é redonda, que o horizonte é apenas o ponto máximo que conseguimos ver no fundo e que a terra é um grão de pó no meio de outros tantos grãos de pó. Foi preciso quebrar as regras, pensar fora da caixa em que todos estão, a que pomos o nome bonito de “crença” e que afinal só esconde o medo que temos do desconhecido.
Quando nascemos somos “puros”. Mas logo depois somos moldados por crenças sem termos tempo de escolher naquilo que queremos ou não acreditar. Somos desta religião ou somos daquela e temos de defender o que esta diz. Recebemos os dogmas. São insultados e difamados aqueles que investigam a sua origem, e muitas vezes desconfiando da verdade preferimos que ela passe despercebida. Não queremos ser nós a ir contra a corrente, por isso deixamo-nos levar por ela. Não podemos evitar crenças ou os dogmas. Mas precisamos ter consciência do que são.