Nascemos para quê?

Nascemos para quê?
   Fui confrontada com a mesma pergunta no âmbito da disciplina de Ser Mais, e foi após uns longos minutos de reflexão que me apercebi de que a resposta era mais complexa do que inicialmente aparentava.
   Se nos focarmos na definição da palavra “nascimento”, a mesma diz que é o momento em que o ser vivo inicia a sua vida, mas a derradeira questão é: com que finalidade a inicia?
   A primeira e primordial resposta é “para sermos felizes”, mas estou convicta de que a vida é uma dádiva colossal para a desfrutarmos exclusivamente em prol do nosso próprio bem-estar. Por conseguinte, acredito que nascemos com o intuito de alcançar não somente a felicidade individual mas também a de quem nos rodeia.
   Primeiramente, o ser humano é um ser social, dito de outro modo, apenas vivendo em sociedade é que o Homem evolui e satisfaz as suas necessidades, tanto individuais quanto coletivas, consequentemente não atinge a felicidade sozinho. Como podemos observar pelo facto do ser humano fruir de uma família e, ao contrário dos restantes animais, dispor de uma linguagem; já as outras criaturas, a natureza forneceu o seu próprio sustento, dando-lhes pelo e meios de defesa.
   Há quem diga que só precisamos de nós próprios para sermos felizes, porém considero que só em colaboração com os outros conseguimo-nos realizar enquanto pessoas, e é apenas a comunidade que nos proporciona determinadas sensações de contentamento.
   Em suma, nascemos para sermos felizes e fazermos os outros felizes, marcando-os de certa forma; assim alcançaremos a imortalidade na vida de terceiros.