Um crime no expresso oriente

Hoje vou apresentar a minha opinião acerca do livro “Um crime no expresso oriente” que foi escrito por Agatha Christie, que não é mais do que uma das histórias da coleção “Um mistério de Hercule Poirot”.

É inacreditável como mesmo depois da sua morte, os seus livros continuam a encantar os leitores de todas as idades por todo o mundo.
Na minha opinião, a capa é bastante detalhada, pois está ilustrado o comboio em que a história se vai desenrolar, a estação de comboios no canto inferior esquerdo, e até mesmo a estação do ano, o inverno, algo que será muito importante para o plano do assassino. Achei interessante o facto de na capa, estar desenhado um bigode pertencente a Poirot. Quem o conhece, sabe que ele o arranja com muito cuidado, sendo por isso um ponto característico dele, tal como o é o seu chapéu. Sendo assim, acho que todos os detalhes do livro foram pensados a pormenor. O facto de existir uma planta do comboio para facilitar que o leitor saiba os passageiros e onde se situavam demonstra isso mesmo.

É um livro muito interessante que manteve o suspense até ao último segundo. Encontrei apenas um pequeno ponto negativo. O facto de em algumas falas aparecer expressões francesas, que apesar de serem características importantes na história, acho que seria interessante terem um rodapé, pois nem todos os leitores conseguirão compreendê-las. Mas na minha experiência, apesar de não saber o significado de algumas palavras francesas, percebi o seu sentido na frase. Relativamente aos pontos positivos, Agatha Christie escreve de uma forma linear, os factos e os depoimentos estão muito bem organizados e há um equilíbrio entre a forma direta que ela escreve e o facto de deixar a cargo do leitor as suas opiniões sobre quem é que tinha sido o assassino. Mas claro, no final é relevado quem é ou quem são os assassinos. Este último fator fez com que eu conseguisse ler o livro em poucos dias pois eu queria perceber o que pensava o Poirot, visto que este captava todos os detalhes, alguns que eu já nem me lembrava, e outros que nem sequer tinha reparado. Em relação à organização da investigação adorei o facto de no livro após os depoimentos, a escritora mostrar-nos os apontamentos do detetive o que infelizmente não apareceu em nenhum dos dois filmes criados sobre esta história. Acho estes apontamentos uma parte essencial porque a verdade é que muita coisa acontece no desenrolar da história e os apontamentos fazem uma síntese e organizam a mente tanto dos ajudantes de Poirot como da minha. O ponto que eu mais gostei foi sem dúvida o fim. Após uma história com bastantes elementos e trocadilhos o facto de o fim ser bastante inesperado e surpreendente foi a cereja no topo do bolo, visto que a forma como Poirot faz com que o impossível seja possível deixa qualquer um boquiaberto.

Para concluir, adorei este livro pois relembrou-me mais uma vez que é sempre possível tornar o impossível possível.