A minha essência

“Diz me quem tu és!”, “Como te chamas?”, “Que idade tens?”. Estas são algumas das perguntas básicas que já todos ouvimos, em miúdos ou graúdos. Respondemos sempre o mesmo: dizemos o nosso nome, a nossa idade e se, por alguma razão tivermos de expandir um pouco mais, falamos sobre os nosso hobbies, gostos e talvez expectativas para o futuro. Falar sobre nós nem sempre é fácil, principalmente quando falamos de qualidades. Falar de defeitos nossos é muito menos difícil do que falar sobre qualidades. Não sei se é porque somos todos modestos, mas eu acho que nem toda a gente tem bem a certeza dos seus traços de personalidade positivos. 
Autoconhecimento de certo é uma coisa que falta muito hoje em dia, principalmente nos jovens. Por vezes, nem sabemos distinguir quem estamos a descrever e ficamos com dúvidas “Será que realmente me conheço ou estou apenas a descrever a pessoa que eu queria ser?” 
“Todos os recém nascidos são iguais” já ouviram esta frase? Eu já, várias vezes e é aí que tudo começa. Nascemos diferentes, mas iguais. Crescemos, desenvolvemos o nosso físico e principalmente a nossa mentalidade, com as ideias que nos rodeiam, as perspectivas que nos são prestadas pela escola e a educação. Todos estes aspetos levam nos a construir uma pessoa, o nosso “eu”. Uns têm muito sucesso nessa construção de identidade, mas outros não. Podemos ser quem quisermos, é essa a piada…escolher o que queremos. Quando tomamos essa decisão, começamos aí uma jornada de autoconhecimento e crescimento interior. 
Depois de tantos anos a lutar por quem quero ser, o que quero fazer, a quem quero dar a mão nos piores momentos eu digo-vos “Eu sou eu! E orgulho me muito de ser quem eu sou”.