O que quero para o futuro?

O que quero para o meu futuro? É uma pergunta que muitos jovens fazem ao longo do seu crescimento e, de certa forma, indestrutível e aterradora.
Passamos maior parte da nossa juventude à procura do que queremos para o nosso futuro, do que queremos “ser”, mas mais precisamente do que queremos “fazer”. Quando alguém nos pergunta “o que queres ser quando fores grande?” nós naturalmente associamos a uma profissão que gostamos e dizemos que queremos ser aquilo. Mas a verdade é que a resposta a essa pergunta deveria ser mais trabalhada ou podemos simplesmente afirmar que a pergunta está mal colocada. Quando formos adultos, a nossa vida não será apenas trabalho. Será, espero eu, sair com amigos, passear, relaxar e aproveitar a vida que estamos a construir sozinhos, talvez até com um companheiro/a, e com certeza, o trabalho, que espero que seja algo de que goste.
Pensar no que queremos fazer da nossa vida é algo que nos pode assustar de certa forma, pois alerta-nos que daqui a uns anos estaremos por conta própria e a seguir o nosso próprio caminho. A traçar a nossa vida agora que estamos mais independentes do que nunca. Mas, sinceramente, isso não me provoca medo. Na verdade, uma certa excitação por poder começar a ter o leme nas duas mãos e decidir para onde o barco se dirige.
Eu realmente ainda não sei o que quero fazer da minha vida. Tenho grandes aspirações para o futuro e um monte de sonhos, mas para que se concretizem será necessário muito esforço e trabalho. Tenho tentando dar o meu melhor durante toda a minha vida, dedicando-me ao que acho importante e fazendo cada minuto valer a pena e, por isso, se algum dos meus desejos não se concretizar ficarei desapontada. Mas talvez não deva pois, essa pequena derrota pode ser um gatilho que foi puxado de forma a dar-me motivação para continuar a lutar pelo que quero. De certa forma, nada está decidido ainda. Ainda tenho forma de alterar o meu destino e tentar que ele leve o rumo que quero.
Outra questão, é o facto de nem sempre a resposta a essa pergunta ser o futuro. Quando era pequena, cheguei a perguntar à minha mãe o que ela queria ser quando fosse grande quando tinha a minha idade e ela respondeu algo diferente da sua profissão. A verdade é que a vida não nos vai dar o que queremos e a melhor forma de assegurar de certa forma o nosso emprego de sonho será ter a melhor media possível no secundário. Parece incrível, mas uma décima faz a diferença na vida de um estudante e pode explicar a diferença entre um engenheiro e alguém desempregado.
Respondendo à pergunta, quero que no meu futuro consiga encontrar algo que me fascine fazer e que consiga chegar todos os dias a casa com um sorriso na cara. Espero estar rodeada de pessoas, que mesmo nos dias mais difíceis para mim, estejam lá para me apoiar. Que consiga viajar e ver todo o mundo e, essencialmente, viver o resto dos meus dias a acreditar que consegui cumprir os meus objetivos.

O que queres ser no futuro?
Esta é a pergunta mais questionada a partir do momento em que entras no secundário onde toda a tua família espera ouvir: "Quero ser um médico". 
Mas como é que é suposto eu saber o que quero de facto seguir? Como é que é suposto saber que não me vou fartar ou arrepender do meu curso? Estas são algumas das perguntas que eu gostava de saber responder, principalmente pelo facto do fim do secundário estar a aproximar e o início da faculdade a aparecer mas, até agora, permaneço sem resposta.
O avanço da tecnologia permitiu aumentar a comunicação entre nós pelo que cada vez mais há relatos de estudantes e trabalhadores a falar um pouco sobre a sua experiencia no seu curso/trabalho mas, mesmo com tudo isto, parece que esta incerteza sobre o meu futuro nunca vai desaparecer porque mesmo gostando de um curso agora nada me impede de me fartar dele, ou de encontrar um melhor para mim mais tarde. Sendo assim, concluo que a resposta colocada inicialmente nunca será respondida com cem por cento de certezas, mas espero que há medida que o tempo avance as incerteza sejam cada vez menores. 
Para além disso, tirar um curso diferente do esperado inicialmente não é algo tão incomum hoje em dia pelo que a ideia de ter um trabalho para a vida toda deve ser abandonada.