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Redes sociais no pagamento de tratamentos de saúde

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Inês Teixeira
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Filipa Sousa
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Redes sociais no pagamento de tratamentos de saúde Empty Redes sociais no pagamento de tratamentos de saúde

Dom Nov 18, 2012 12:38 pm
Salvo pelos amigos do Facebook
By Tomas Nilsson

Paralisado e com dores atrozes, Kristoffer Olofsson tinha como única esperança...
... uma operação só possível nos Estados Unidos.

Uma manhã de verão, tinha ele 23 anos, Kristoffer Olofsson saiu de casa, na sua pequena cidade natal de Älgträsk, no Norte da Suécia, e montou-se na sua mota para ir visitar um amigo. Ao fazer uma curva, apanhou areia que tinha caído de um camião, derrapou, despistou-se e aterrou numa rocha, com a mota por cima.

No hospital, disseram-lhe que tinha 21 ossos fraturados, uma lesão na medula e os pulmões perfurados. Os médicos disseram-lhe ainda que não voltaria a andar.

«A vida tornou-se inacreditavelmente difícil após o acidente», lembra Kristoffer. Mas, graças a uma força de vontade inquebrantável e a trabalho árduo, acabou por regressar ao seu emprego de instrutor de condução e até a voltar a andar de mota. Tornou-se um exemplo para outras pessoas com lesões semelhantes e dava palestras sobre como conseguira voltar a ter uma vida normal.

Em junho de 2009, porém, aos 32 anos, sentiu uma pontada nas costas. Qualquer pessoa com lesões na medula sabe que terá de viver com um certo grau de dor crónica. Só que esta pontada era cem vezes pior. «Era como se me estivessem a espetar nas costas uma faca afiada e em brasa», explica. «Entrei de baixa e fiquei completamente incapacitado pelas dores. Tinha dificuldades em dormir e muitas vezes passava 24 horas acordado, encolhido em posição fetal.»

Diagnosticaram-lhe «síndroma da medula presa», uma doença em que o fluido espinal não consegue passar pela parte danificada da coluna. A pressão do fluido causa quistos, aumentando a pressão no crânio. Os médicos tentaram inúmeros tratamentos diferentes para a dor, incluindo operações nos hospitais de Umeå e Uppsala, mas nada resultou.

«Já que não havia médicos na Suécia que me pudessem ajudar, decidi agir por conta própria», recorda. «Tinha ouvido falar de Scott Falci, neurocirurgião no Craig Hospital, em Denver. Ele criara um procedimento novo para o alívio dos sintomas da minha doença. Fui aos EUA, fiz uns exames e foi-me dito que precisava de uma operação.»

O Dr. Falci ofereceu-se para o operar na Suécia. Quando todos os preparativos estavam quase concluídos, incluindo a marcação da data e da sala de operações, um médico do Hospital da Universidade de Umeå travou o processo por não acreditar que a operação fosse o procedimento mais acertado para tratar uma lesão na medula.

Desapontado e deprimido, Kristoffer não teve alternativa senão marcar a operação em Denver.

«Nem queria acreditar no que estava a acontecer, pois a operação era a minha única saída. Acabei por ligar a Scott e dizer-lhe que já não conseguia suportar as dores e que tinha que marcar uma operação em Denver, e assim aconteceu, para 12 de outubro de 2011.»

Vários especialistas locais em lesões na medula assinaram uma recomendação, enviada à autarquia de Västerbotten, descrevendo a complexidade das dores de Kristoffer Olofsson e solicitando que se lhe pagassem os 390 mil dólares da operação. «Recusaram pura e simplesmente», conta. Uma vez mais, a sua vida sofria um duro revés. «Mas não podia desistir. Tinha que continuar a lutar. Fosse como fosse, era impossível viver com aquelas dores.» Vendeu a maior parte dos seus bens, resgatou todas as suas poupanças e hipotecou a casa. Juntamente com os amigos, criou um grupo no Facebook para angariar fundos. «Nunca pensei que funcionasse e sentia-me mal por pedir dinheiro a gente que não conhecia, mas ainda bem que o fiz. Foi num instante! A princípio, achei que os amigos e a família talvez ajudassem, mas, passados alguns dias, vi que se tinham angariado dezenas de milhares de euros.»

Após a publicação de entrevistas em vários jornais, os doa dores multiplicaram-se, gente de toda a Suécia. As escolas de condução suecas montaram uma rede no Facebook para o ajudar e doaram os seus lucros.

Ao todo, quase 1000 amigos do Facebook contribuíram com mais de 100 mil euros para a operação. Foi o suficiente para permitir a Kristoffer ir a Denver para várias e longas intervenções e um período de reabilitação que durou as seis semanas que passou em Denver.

«Sinto-me muito melhor agora, com muito menos dores», diz Kristoffer. «Antes da operação, dormia duas a quatro horas por noite. Hoje, durmo normalmente. E o mais difícil para mim era não conseguir passar tempo suficiente com o meu filho Alexander, de 8 anos. Atualmente levo-o de carro à escola e brinco com ele. Vou voltar à normalidade, devagar mas com toda a certeza.»

Os seus planos incluem regressar ao trabalho e voltar a andar de mota.

«Doravante, a minha vida só pode melhorar», diz. «Se não fosse toda a ajuda oferecida pelos meus compatriotas, provavelmente teria morrido», conclui.

Fonte: Selecções do Reader's Digest de Outubro de 2012

Esta reportagem tem, efetivamente, muita informação. No entanto, acho que se impõe aqui um tema de discussão. Impõe-se a importância das redes sociais como meio de divulgação de campanhas, de necessidade de dinheiro para tratamentos milionários. Impõe-se a questão do funcionamento dos sistemas de saúde que, indubitavelmente, não são para pobres....

Deixa a tua opinião.

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Enquanto eu tiver perguntas e não houver respostas... continuarei a escrever (Clarice Lispector)
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gilmota
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Redes sociais no pagamento de tratamentos de saúde Empty Re: Redes sociais no pagamento de tratamentos de saúde

Seg Out 06, 2014 6:48 pm
Acho que muitos destes tratamentos são excessivamente caros e que devia haver algum tipo de ajuda a ou comparticipação nestes casos, apesar de que não podem ser assim tão facilmente disponibilizados devidos ao seu grau de complexidade...
Principalmente acho esplêndida a grande solidariedade das pessoas e o uso das redes sociais como forma de promoção destas campanhas solidárias.
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anarita
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Redes sociais no pagamento de tratamentos de saúde Empty Re: Redes sociais no pagamento de tratamentos de saúde

Sex Out 10, 2014 6:07 pm
As tecnologias são uma boa forma para ter algum reconhecimento, digamos "popularidade", mas porque não fazer com que essa popularidade seja rematada para que se possa ajudar alguém? Visto que, por exemplo, o facebook é uma rede social mundialmente conhecida e aderida, porque não utilizá-la para ajudar alguém? Com isto podemos passar a mensagem por uma comunidade alargada e ter mais hipóteses de sucesso.
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Redes sociais no pagamento de tratamentos de saúde Empty Redes Sociais no pagamento de tratamentos

Sáb Nov 15, 2014 5:16 pm
Os pacientes portadores de doenças mortais, tendem a procuram tratamentos alternativos que os façam alcançar a cura.
No entanto, os responsáveis por estes tratamentos aproveitam-se da fragilidade emocional dos doentes e o facto de ser uma alternativa pouco comum, para cobrarem valores elevados pelos seus serviços.
Desta forma, os doentes vêm-se desamparados, pois nem têm comparticipações do Estado nem poder económico que lhes permitam lutar pela vida.
Sem outra saída, procuram angariar fundos com o auxilio das redes sociais que assumem o papel de divulgar os seus problemas, apelando à boa vontade dos utilizadores.
É desta forma que muitos doentes terminais conseguem usufruir destes cuidados que os podem salvar da morte.
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Redes sociais no pagamento de tratamentos de saúde Empty Re: Redes sociais no pagamento de tratamentos de saúde

Qua Fev 18, 2015 4:02 pm
Alguns tratamentos são demasiado caros e, sem dúvida, que a iniciativa de angariar dinheiro através das redes sociais é uma boa ideia. É dar um bom fim a estes sites tão aderidos.
Se muita gente contribuísse, por mais pequena que fosse a ajuda, podia salvar a vida de alguém e ajudar essas pessoas a serem felizes e terem uma vida melhor sem ter trabalho nenhum. É mais uma vida que também pode ajudar outras pessoas, tornando-se uma cadeia de solidariedade.
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nunoc
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Qui Fev 26, 2015 10:37 pm
Penso que utilizar as redes sociais para o pagamento de um tratamento de saúde a alguém que não tem essa possibilidade é um dos melhores usos que lhes podemos dar.
Em iniciativas como esta, se cada pessoa contribuir com algo, por muito pouco que seja, terá sempre um grande resultado, devido ao elevado números de utilizadores das redes sociais hoje em dia. Assim, com pequenos gestos da parte de cada um, é possível salvar várias vidas humanas, uma vez que da mesma maneira que o outro precisa, nos também posso vir a precisar.
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Inês Teixeira
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Redes sociais no pagamento de tratamentos de saúde Empty Re: Redes sociais no pagamento de tratamentos de saúde

Sex Mar 13, 2015 9:06 pm
As redes sociais, para além das inúmeras vantagens na comunicação e divulgação, atingem o seu expoente máximo quando têm caráter solidário.
De facto, é bastante frequente ver-se vários pedidos de ajuda para pagamento de transplantes e tratamentos de valores surreais que face às condições financeiras da maioria das famílias é-lhes impossível pagar. Dada a enorme visibilidade nas redes sociais, são muitas as pessoas que ficam sensibilizadas e tentam despender um pouco do seu orçamento para uma contribuição que no final fará a diferença e levará um pouco de esperança para a família e respetivo doente. Muitas das vezes o montante acumulado é suficiente para o tratamento e, aquando do sucesso deste, é possível testemunhar-se a salvação de uma vida. Será que existe algo tão gratificante neste mundo como sentir-se que se ajudou a prolongar a vida de um ser humano?
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Redes sociais no pagamento de tratamentos de saúde Empty Re: Redes sociais no pagamento de tratamentos de saúde

Dom Mar 15, 2015 12:14 pm
Alguns tratamentos são demasiado caros e concordo plenamente em apelar ao lado solidário de todos. Alguns preços são exorbitantes e se todos contribuirmos com um pouco não custa. As redes sociais são um meio cada vez mais utilizado pois tem muitos utilizadores, por exemplo, facebook, onde alguma família que não tem posses para um transplante ou para uma operação que tem de ser realizada no estrangeiro pede ajuda, a maior parte das pessoas ficam sensibilizadas e contribuem, pois não é o pouco que doam que lhes vai fazer falta e se todos contribuírem, mesmo por pouco que seja, sempre é uma grande ajuda. E no fim quando se consegue arrecadar todo o dinheiro e a pessoa em questão fica bem é uma grande alegria, pois ajudamos a melhorar a sua vida. Hoje somos nós a ajudar, mas não sabemos quando e se precisamos de ser ajudados.
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Dom Mar 15, 2015 8:13 pm
Muitas pessoas, “anti-redes sociais”, acham, que as redes sociais servem simplesmente para falar da nossa vida pessoal, para colocar fotos, músicas, vídeos, e que é um local onde todos sabem a vida uns dos outros.
Esta reportagem mostra exatamente o contrário, pessoas através de um simples “like”, “share”, “retweet” podem divulgar pelo mundo inteiro grandes causas, e assim conseguirem angariar fundos para curar um determinada doenças ou mesmo até especialistas que se proponham a tratar gratuitamente dessa pessoa.
Para concluir, as redes sociais são uma grande ajuda para diversas situações, até para encontrar familiares que desapareceram sem deixar rasto, para encontrar novos empregos, novas pessoas que se querem envolver num mesmo projecto do que nós (comunidades/ eventos). As redes sociais são um grande exemplo de publicidade, não só comercial, mas também institucional.

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Dom Mar 15, 2015 8:47 pm
Acho que a utilização das redes sociais como meio de divulgação e até de "financiamento" de causas sociais, neste caso particular, de um tratamento médico que envolve quantias exorbitantes, acaba por ser algo natural e bastante expectável.
Se pensarmos bem, não é nada de novo. Também os programas da tarde e da manhã da televisão nacional apresentam casos semelhantes e deixam um número de identificação bancária, de modo a que todos os telespectadores que estejam comovidos e queiram contribuir o possam fazer. Se analisarmos bem a situação, acaba por ser mais eficaz este método mais arcaico, pois o púbico tem a certeza da fiabilidade do nib e até do carácter real da situação e o público-alvo acaba por ser aquele que, geralmente, mais ajuda economicamente neste tipo de casos.
Por outro lado, há situações que requerem o nosso "gosto" ou "compartilhar" para que uma determinada quantia reverta para uma causa. Este processo resulta da associação de empresas que financiam estas causas mediante o nível de publicidade que lhes proporcionam. Também são passíveis de ser encontradas situações semelhantes no pequeno ecrã. Por exemplo, quando um doente precisa de uma operação plástica e uma determinada clínica se propõe a fazê-lo, em troca de ser publicitada pelo canal de televisão que apresentou o caso e pelo paciente. No entanto, tenho de reconhecer que este método possa ser mais eficiente via online, pois as longas listas de amigos permitem que a mensagem percorra um estrondoso número de pessoas em tempo record e viabiliza a realização, por exemplo, de cirurgias mais caras.
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Ricardo Zenha
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Dom Mar 15, 2015 9:37 pm
Penso que as redes sociais são um boa forma de pedir ajuda neste caso, para pagar tratamentos de saúde. Existem pessoas que estão sempre dispostas a ajudar sem pedir nada em troca. Ultimamente é possível observar alguns pedidos de ajuda para pagar tratamentos médicos sobretudo no Facebook.
O Facebook tem cada vez mais utilizadores de todas as idades e pode servir para pedidos de ajuda como para pagar tratamentos médicos. Existem pessoas que aderem a esses pedidos mas muitos utilizadores leem a notícia ou simplesmente ignoram-a. Muitos dos que a leem não ajudam porque não tem a certeza se o pedido de ajuda é mesmo verdadeiro ou se é para tentar roubar dinheiro.
Na verdade, existem muitos pedidos de ajudam falsos no Facebook. Quem faz estes pedidos é (desculpando o termo) "psicopata". Sabendo que existem pessoas que precisam realmente de ajuda e inventam falsos pedidos só para roubar dinheiro é de uma falta de nível enorme.
Isto faz com que o Facebook não seja a melhor plataforma social para pedir ajuda, mas não custa tentar,escrever e apelar à boa fé dos seus utilizadores!
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Redes sociais no pagamento de tratamentos de saúde Empty Re: Redes sociais no pagamento de tratamentos de saúde

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