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"Não sei quantas almas tenho", Fernando Pessoa
Seg Jan 17, 2022 9:20 pm
"Não sei quantas almas tenho" é um poema de Fernando Pessoa, onde é possível observar uma auto análise feita pelo sujeito poético, que considera que vive dentro de um labirinto interior pois crê que possui várias "almas".
Através do título, é possível identificar uma indefinição/ dúvida vivida pelo sujeito poético relativa à sua identidade. Esta expressão serve de introdução ao poema, realçando a importância da mesma, seguindo-se de outros versos que demonstram a auto análise elaborada. Desde a sua constante fragmentação que leva à estranheza de si próprio devido à sua desarmonia entre o passado e o presente, à sua profunda reflexão, o sujeito poético percebe que não conseguirá encontrar integralmente a sua identidade.
Face a isto, o sujeito lírico considera que não tem vida pois que tudo que faz e fez é racionalizado e, por isso, é dominado por uma instabilidade constante de alguém que só tem alma e vive sofregamente à espera de se encontrar.
De seguida, o sujeito lírico recorre a um oxímoro para admitir que é governado por outras figuras (heterónimos) que sonham e agem de forma independente a si mesmo, sendo, portanto, um espetacular de si próprio que não se consegue enquadrar.
Assim, este sentimento de estranheza e desconhecimento face a si próprio levam o eu lírico a comparar a sua vida a um livro escrito por diversos "eus" dele mesmo, percebendo que esta não passa de uma metáfora à qual não se pode prender ao passado mas também não consegue prever o futuro.
Contudo, o sujeito poético desconhece o causador desta sua indefinição, concluindo, assim, que a harmonia que tanto procura em razão da sua fragmentação reside numa figura transcendente, omnisciente e omnipresente.
Através do título, é possível identificar uma indefinição/ dúvida vivida pelo sujeito poético relativa à sua identidade. Esta expressão serve de introdução ao poema, realçando a importância da mesma, seguindo-se de outros versos que demonstram a auto análise elaborada. Desde a sua constante fragmentação que leva à estranheza de si próprio devido à sua desarmonia entre o passado e o presente, à sua profunda reflexão, o sujeito poético percebe que não conseguirá encontrar integralmente a sua identidade.
Face a isto, o sujeito lírico considera que não tem vida pois que tudo que faz e fez é racionalizado e, por isso, é dominado por uma instabilidade constante de alguém que só tem alma e vive sofregamente à espera de se encontrar.
De seguida, o sujeito lírico recorre a um oxímoro para admitir que é governado por outras figuras (heterónimos) que sonham e agem de forma independente a si mesmo, sendo, portanto, um espetacular de si próprio que não se consegue enquadrar.
Assim, este sentimento de estranheza e desconhecimento face a si próprio levam o eu lírico a comparar a sua vida a um livro escrito por diversos "eus" dele mesmo, percebendo que esta não passa de uma metáfora à qual não se pode prender ao passado mas também não consegue prever o futuro.
Contudo, o sujeito poético desconhece o causador desta sua indefinição, concluindo, assim, que a harmonia que tanto procura em razão da sua fragmentação reside numa figura transcendente, omnisciente e omnipresente.
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