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Critica ao livro “O tatuador de Auschwitz” Empty Critica ao livro “O tatuador de Auschwitz”

Qui Set 23, 2021 9:26 pm
Este texto recai sobre uma opinião critica e pessoal de um livro lido recentemente por mim.  O livro foi escrito por Heather Morris, e intitula-se o “tatuador de Auschwitz”.
Antes de dar a minha opinião pessoal, acho importante introduzir uma breve contextualização sobre a história do livro. A autora deste livro recolheu testemunhos e auferiu factos durante três anos, junto de Lale, que é o sobrevivente que deu o nome ao livro.  Quando lale contou a sua história à autora, ele já tinha 80 anos, ou seja, já tinham passado cerca de 60 anos desde que ele foi prisioneiro em Auschwitz, pois só passado este tempo todo, é que Lale conseguiu ter coragem para falar abertamente sobre o assunto com a autora, visto que mergulhar nos horrores do passado e reviver aquilo que é a mancha negra da sua vida não foi fácil, segundo ele. O tatuador de Auschwitz é um livro que relata a história baseada na sobrevivência de lale, um jovem eslovaco judeu, que foi obrigado a ir para o campo de concentração de Auschwitz, devido ao simples facto de ser judeu, pois como já todos sabemos, os alemães tinham um preconceito, aliás, preconceito é uma palavra demasiado ténue para descrever o desprezo dos alemães pelos judeus, e não só judeus, mas também ciganos, e outras minorias da sociedade. Ao longo do livro, são nos relatados inúmeros episódios de horror, demonstrando a crueldade e malicia dos nazistas para com os prisioneiros, não esquecendo que estes viviam em condições para além de precárias, sem comida, sem absolutamente nada a não ser o sentimento de tristeza e desespero, esse permanecia dentro deles desde o primeiro minuto em que lá entraram. Lale conseguiu aquilo que foi um privilégio, ou não, para saber isso terão de ler o livro, e esse alegado privilégio consistia em ser o tatuador oficial de Auschwitz, por isso ele tinha de enterrar uma agulha nos braços dos homens, mulheres, e crianças que lá entravam, escrevendo o número que os identificaria até o último dia das suas vidas. Este livro é um livro diferente, pois para além de relatar as atrocidades que se faziam em Auschwitz, a par disso tem uma história de amor entre Gita, que era uma prisioneira judia, e Lale. Gostava de fazer referência ao Doutor Mengele, que foi um médico que utilizava os prisioneiros para experiências extremamente monstruosas, como por exemplo, unir dois gémeos, cosendo as costas um ao outro, colocar substâncias ácidas nas veias das pessoas, simplesmente para perceber o que é que acontecia ao fazer isso. Praticamente em todos os livros que li sobre Auschwitz, falam sempre nesta personalidade aterradora, o que demonstra que de facto é recordado por todos os prisioneiros como a pior face do Ser Humano.
Vou agora dar minha opinião pessoal acerca desta obra. Então, eu recomendo imenso a leitura deste livro, especialmente para pessoas que estão ainda a iniciar a leitura sobre o holocausto, pois não é um livro muito pesado, apesar de ter alguns relatos fortes, por isso não recomendo para pessoas muito sensíveis a estes temas. A meu ver, o livro está escrito de uma maneira tão deslumbrante, que a ideia de visualismo constante que nos está a ser passada ao longo da leitura permite que imaginemos os cenários de uma maneira bastante detalhada. E a verdade é que a história de amor relatada ao longo do livro consegue apaziguar uma fração da dor que nós, leitores, sentimos ao apercebermo-nos o quão cruel o Ser Humano pode ser. Na minha perspetiva, o tatuador de Auschwitz é um relato de duas pessoas normais a viverem tempos anormais, privadas não só da liberdade, mas também da dignidade, do nome, e da própria identidade. Se tivesse de definir este testemunho numa frase, diria que esta história é a junção dos extremos da humanidade, sendo um dos extremos o amor verdadeiro e genuíno, e o outro o ódio gratuito e sem explicação, onde nos é demonstrada alguma esperança, perseverança e beleza, mesmo quanto tudo à volta parece estar pintado de preto.
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