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paulo25_
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[Resumo] Éticas deontológicas (Intencionalistas) Empty [Resumo] Éticas deontológicas (Intencionalistas)

Dom maio 07, 2023 10:20 am
Éticas deontológicas
(Intencionalistas)
Este tipo de ética defende que uma ação é boa ou má intrinsecamente (por si só) de acordo com os valores morais e não tem em atenção as consequências que origina.
A filosofia moral de Kant
Immanuel Kant foi um filósofo alemão do século XVIII que desenvolveu esta ética, com ideias que se podem resumir neste quadro:
LEI MORAL = DEVER
A lei moral é uma lei universal que deve ser seguida por todas as pessoas e orientar as nossas decisões. Assim sendo, esta é igual ao dever de agir conforme os princípios universais.
-> MÁXIMAS
Máximas são as regras que cada pessoa usa para guiar as suas escolhas.
Portanto, as máximas podem dar origem a:
1.     Ações conforme o dever.
Vontade heterónoma/condicionada (racionalidade instrumental)
Este tipo de ações é baseado em interesses externos, visando utilizar a situação como um meio para atingir um fim:
Imperativos Hipotéticos
Particulares/Contingentes
Os imperativos hipotéticos são comandos que indicam o que deve ser feito para alcançar um determinado fim ou objetivo.
Os imperativos hipotéticos particulares são aqueles que se aplicam apenas a uma pessoa ou grupo específico de pessoas.
Já os imperativos hipotéticos contingentes são aqueles que são condicionados por fatores externos, como por exemplo, as circunstâncias ou a cultura.
De acordo com Kant, se uma ação é fundamentada num imperativo hipotético, então ela não tem qualquer valor moral.
2.     Ação por dever
Boa vontade/Autónoma (racionalidade moral)
Este tipo de ações deriva da boa vontade de uma pessoa, agindo por ser APENAS o seu dever.
Imperativo Categórico
Universais/Necessários
A ação da pessoa é classificada como um imperativo categórico se puder ser tomado por todos os seres racionais, independentemente dos seus interesses ou desejos individuais.
Fórmulas
1.     Universalidade
A ação deve ser tal que todas as pessoas deveriam fazê-la, porque ela é uma boa ação.
" Aja como se a máxima da tua ação devesse tornar-se, através da tua vontade, uma lei universal." – Kant, Immanuel
2.     Humanidade
A ação tomada não deve utilizar um ser humano como um meio para atingir um fim (objetivo), mas sim tratar a humanidade como um fim em si mesma.
Noutras palavras, devemos tratar as pessoas como seres valiosos em si mesmos, e não apenas como meios para atingir nossos próprios objetivos, respeitando a dignidade e os direitos das pessoas.
Objeções à ética de Kant:
·       Não resolve conflitos morais ou dilemas morais.
Os dilemas morais são situações em que não há uma opção moralmente correta clara, e todas as opções disponíveis envolvem consequências negativas ou conflituosas. Por exemplo, um bombeiro pode deparar-se com o dilema de escolher entre salvar uma família presa num prédio em chamas ou salvar outra família noutro prédio próximo. Nesse caso, todas as opções disponíveis envolvem consequências negativas, e não há uma opção claramente moralmente correta.
·       Pode originar consequências funestas.
Esta crítica baseia-se no facto de que apesar da intenção ser boa, a consequência da nossa ação pode revelar-se catastrófica. Por exemplo: mentir é incorreto segundo esta ética mas pode significar salvar a vida de uma pessoa.

______________________

Friedrich Nietzsche, Zaratustra escreveu:«Aquele que sobe às mais altas montanhas ri-se de todo o teatro e de tudo o que se reveste de seriedade na vida.»
«E agora olham para mim e riem-se: e há gelo nas suas risadas.»

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