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[Resumo] O racionalismo de René Descartes Empty [Resumo] O racionalismo de René Descartes

Sex Out 20, 2023 5:09 pm
O racionalismo de René Descartes
O FILÓSOFO DA DÚVIDA
René Descartes é considerado o Filósofo da Dúvida por estes quatro motivos:
  1. Considera os sentidos como uma fonte insegura de conhecimento, já que fomos várias vezes enganados por estes.
  2. Refere que é impossível distinguir o estado de vigília do sono.
  3. Enunciou a sua preocupação pelo facto de que o raciocínio nos leva tantas vezes ao engano.
  4. Teorizou a hipótese do génio maligno, que consistia na crença de um Deus todo-poderoso e astuto, capaz de nos enganar através da manipulação dos nossos pensamentos e emoções.

[3]Se uma pessoa se engana tantas vezes na Matemática, como poderá saber se está totalmente certa?

DÚVIDA
METÓDICA
A dúvida de René Descartes era metódica, ou seja, permitiu que este Filósofo atingisse o conhecimento.

PROVISÓRIA
Apesar de parecer cético, a dúvida de Descartes era apenas provisória, tendo sido superada.

UNIVERSAL
A dúvida era universal, fazendo Descartes desacreditar tudo.

HIPERBÓLICA
A sua dúvida era tão extrema (hiperbólica), que Descartes até duvidou da sua própria existência.

A IMPORTÂNCIA DO CÓGITO
Eu penso, logo existo.
(Eu duvido, logo existo.)

O cogito (Cogito, ergo sum.) foi a base da Filosofia a priori de Descartes.
Se não pudesse saber de nada, então nunca poderia saber que existo; como sei que existo, então é falso que nada se pode saber.
Assim, o cogito representa o triunfo sobre o ceticismo e a superação da dúvida.

MODELO DA VERDADE
Segundo esta Filosofia, só devemos aceitar como verdadeiras as ideias que, à semelhança do cogito, somos capazes de conceber de forma absolutamente clara e distinta.
RESUMO 11º ANO

______________________

Friedrich Nietzsche, Zaratustra escreveu:«Aquele que sobe às mais altas montanhas ri-se de todo o teatro e de tudo o que se reveste de seriedade na vida.»
«E agora olham para mim e riem-se: e há gelo nas suas risadas.»

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[Resumo] O racionalismo de René Descartes Empty [Resumo] Deus na filosofia de René Descartes

Seg Nov 13, 2023 2:32 pm
Deus na filosofia de René Descartes
Deus, um ser perfeito é, na filosofia de Descartes, a única forma de podermos estar certos de muita coisa para além da nossa existência, pois um ser omnibenevolente (sumamente bom) não nos teria criado de forma a que nunca conseguíssemos obter a verdade. Para provar que Deus existe, Descartes recorre, além de outros, ao argumento da marca:

René Descartes escreveu:«Depois disto, tendo refletido que duvidava e que, por consequência, o meu ser não era inteiramente perfeito, pois via claramente que conhecer é uma maior perfeição do que duvidar, lembrei-me de procurar de onde me teria vindo o pensamento de alguma coisa mais perfeita do que eu; e conheci, com evidência, que se devia a alguma natureza que fosse, efetivamente, mais perfeita. […] De maneira que restava apenas que ela tivesse sido posta em mim por uma natureza que fosse verdadeiramente mais perfeita do que eu, e que até tivesse em si todas as perfeições de que eu podia ter alguma ideia, isto é, para me explicar com uma só palavra, que fosse Deus.»

Por outras palavras, Descartes argumenta que a ideia de perfeição de um ser imperfeito só pode ter sido criada por um ser perfeito.
Ainda, Descartes apresenta um argumento ontológico, referindo que a existência é essencial à perfeição.
Com isto, este filósofo descarta a hipótese do génio maligno, uma vez que um ser não maligno não pretende nos enganar, garantindo a verdade das ideias claras e distintas, como a existência do mundo exterior.

René Descartes escreveu:«E por mais que os melhores espíritos estudem isto, tanto quanto lhes agradar, não creio que possam apresentar alguma razão que seja suficiente para eliminar essa dúvida, se não pressupuserem a existência de Deus. Pois, primeiramente, aquilo mesmo que há pouco tomei como regra, isto é, que são inteiramente verdadeiras as coisas que concebemos muito clara e distintamente, só é certo porque Deus é ou existe, e porque é um ser perfeito e tudo o que existe dele nos vem. Donde se segue que as nossas ideias ou noções, sendo coisas reais e que provêm de Deus em tudo aquilo em que são claras e distintas, unicamente podem ser verdadeiras.»

A objeção do círculo Cartesiano
A argumentação sobre a existência de Deus está sujeita a uma grande objeção: a envolvência numa falácia da petição de princípio. Isto resulta das suposições de Descartes:

  1. Deus existe porque concebemos clara e distintamente a sua existência, e tudo aquilo que concebemos clara e distintamente é verdadeiro.
  2. Tudo aquilo que concebemos clara e distintamente é verdadeiro por consequência da existência de um ser perfeito, Deus.

Assim, Descartes está a justificar a existência de um ser perfeito que garante verdades claras e distintas com o facto de que a existência de Deus é verdadeira por ser uma ideia clara e distinta.
RESUMO 11º ANO
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