Valores da nossa sociedade

Quais os valores da nossa sociedade?
Antigamente, a vida era aproveitada como se queria, no entanto, atualmente, a tecnologia e os bens materiais sobrepõem-se a esses prazeres da vida.
Na verdade, a noção de valor viu-se alterada ao longo do tempo, pois o que seria o “enriquecimento” interior, como a força, a valentia e a coragem, foram substituídos por aparências, consumismo... A maneira como vemos a realidade depende dos nossos valores. “Os desejos profundos do coração não são satisfeitos por uma conta bancária.”

Há crise no mundo moderno?
Atualmente, a nossa sociedade não está a evoluir sempre no mesmo sentido, ou seja, está a perder as suas características únicas, como tantas outras civilizações que acabaram por ser esquecidas. Não temos nenhum lugar garantido na história do mundo e podemos desaparecer sem haver qualquer vestígio da nossa existência.
Assim sendo, chegamos a um ponto crítico em que é necessária uma drástica mudança, quer queiramos, quer não, para repararmos consequências do passado não tão visíveis até agora.

Outro mundo é possível
É inevitável que exista a globalização, sendo que esta se dá devido aos avanços tecnológicos e científicos. No mundo atual, existem pessoas com grandes posses a nível financeiro que submetem todos os outros aos seus interesses, assim sendo existem pessoas que têm tudo e outras que não têm nada. Assim, é necessário haver a igualdade de direitos e valores para tentar equilibrar estas discrepâncias.
Na verdade, todos ansiamos por um mundo melhor, mas esta mudança deve começar por nós mesmos e devemos deixar para trás o pensamento de que não fazemos a diferença. Primeiramente, temos que alterar a mentalidade humana e fazer ver que pequenas ações podem ter um grande impacto.
Tomemos como exemplo as eleições, onde cada pessoa tem a oportunidade de fazer a diferença e escolher o futuro do país. Apesar disso, nestas útlimas eleições, houve uma grande percentagem de abstenção pois, algumas pessoas, pensam que é só apenas mais um voto e que não fará a diferença.
Algumas coisas que fazemos resultam apenas em pequenas diferenças, no entanto, se nos uníssemos a outros que também só fazem uma pequena diferença, passaria a ser uma grande diferença.
Para mudar a mentalidade das pessoas não podemos ter em conta apenas as consequências dos seus atos, mas ir ao fundo da questão, ou seja, saber as causas e refletir sobre as mesmas. Temos que mudar a mentalidade dos dirigentes políticos, pois outro mundo é possível, mundo esse onde haja paz, igualdade e justiça.
“Se queremos um mundo mudado, temos de ser a mudança no mundo.”

Todos nós sabemos que há seres humanos que vivem em meios ricos e outros em condições de extrema pobreza e seria de pensar que nas cidades mais evoluídas encontraríamos atitudes e ações mais humanas, sinal de pessoas cultas e instruídas, mas em vez disso vemos na sociedade civilizada atual uma enorme competitividade, egoísmo e stress. Então, aonde é que está a solidariedade, a ajuda e o corporativismo que nos ensinam todos os dias nas escolas e noutros recintos de educação? Este acontecimento estranho, no entanto sempre presente no nosso quotidiano, faz-nos questionar aonde é que a nossa formação enquanto cidadãos erra. Ao visionarmos pessoas que coexistem num meio de pobreza e mesmo assim conseguem partilhar o pouco que têm, conseguem ser altruístas e ajudarem o mais próximo, sendo portanto ainda visível um elo de respeito e de interajuda que une esses seres humanos ricos em valores e não em termos monetários, é interessante observar como é que estes, mesmo sem serem cultos, conseguem ser mais humanos do que muitos eruditos da sociedade civilizada.
Então eu pergunto: onde é que a nossa sociedade erra? Será que a resposta a este enigma passa pela constante agitação e stress bens presentes no nosso dia a dia? Será isto que está a destruir a nossa Humanidade e a impedir que percamos tempo com o que interessa realmente na nossa vida como bons cidadãos, ou seja, a felicidade, a ajuda e a amizade, em vez da angústia, a extrema competitividade e o egoísmo?