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[Livro] A Arte da Guerra
Sáb Jan 13, 2024 4:17 pm
Sun Tzu foi, alegadamente, um general, estratega e filósofo do Período dos Reinos Combatentes do Império Chinês e terá vivido por volta do século V a. C.. O livro Sunzi Bingfa ("A Lei/A Arte da Guerra de Sun Tzu") é considerado da sua autoria, apesar de não haver indícios históricos suficientes que o provem.
Este livro baseia-se no pilar de que a estratégia é o meio pelo qual se atinge o poder e foi influenciado pelas "Cem Escolas de Pensamento" que surgiram nos tempos subjacentes ao período em questão. Destas podemos destacar:
O livro A Arte da Guerra está dividido em treze capítulos (analisados de forma literal):
Primeiro capítulo: Avaliações
Ao planear, diz-nos, devemos pensar nestas sete questões:
Com o devido planeamento, cálculo e dissuasão, pode-se desunir e desorganizar um inimigo e, deste modo, vencer a guerra.
Segundo capítulo: O combate
Os exércitos devem ser mantidos por provisões inimigas sempre que possível, já que a falta de mantimentos levará ao aumento dos preços no país e o povo sofrerá.
Um governante pode levar facilmente um exército ao desastre:
Há cinco formas de prever o vencedor de uma guerra. Será:
Quinto capítulo: Propensão
Oitavo capítulo: As nove mudanças
Há cinco características perigosas num general:
Nono capítulo: Sobre a movimentação
Este livro baseia-se no pilar de que a estratégia é o meio pelo qual se atinge o poder e foi influenciado pelas "Cem Escolas de Pensamento" que surgiram nos tempos subjacentes ao período em questão. Destas podemos destacar:
- O confucionismo: acreditava que a criação de uma sociedade ética e harmoniosa era alcançada através da educação, da prática de rituais e da promoção de virtudes como a benevolência, a justiça, a sabedoria e a sinceridade.
- O daoismo: procurava encontrar um caminho/uma via (dao) para alcançar grandeza espiritual e despreendimento da sociedade mundana.
- O moismo: defendia o fim da cultura de elite e promovia ideias comunistas primitivas, alicerçadas em sociedades camponesas.
- O legismo: pedia a abolição do passado e a promulgação de leis reguladoras rigorosas e punições severas.
O livro A Arte da Guerra está dividido em treze capítulos (analisados de forma literal):
Primeiro capítulo: Avaliações
Sun Tzu diz-nos para avaliarmos corretamente a eventual necessidade de colocarmos uma nação no estado de guerra e dá-nos cinco fatores a ter em conta para prever o desfecho de uma guerra:A guerra é de vital importância para a nação.
- O caminho/método (a confiança nos líderes).
- O tempo (estações do ano).
- O terreno.
- A liderança.
- As regras.
Ao planear, diz-nos, devemos pensar nestas sete questões:
- Qual é o governante que segue o caminho?
- Qual é o líder mais talentoso?
- Qual é o exército que tira proveito do terreno?
- Qual é o exército que tem as melhores regras?
- Quais são as tropas mais fortes?
- Qual é o exército mais bem treinado?
- Qual é o exército que administra as recompensas e castigos de acordo com as regras?
Com o devido planeamento, cálculo e dissuasão, pode-se desunir e desorganizar um inimigo e, deste modo, vencer a guerra.
Segundo capítulo: O combate
Jamais um líder deve prolongar uma batalha, mesmo estando a vencê-la, correndo o risco das tropas perderem o ânimo e a vontade. Quer-se guerras rápidas, torpes e eficazes.Nunca houve uma guerra longa que fosse benéfica para qualquer um dos reinos envolvidos.
Os exércitos devem ser mantidos por provisões inimigas sempre que possível, já que a falta de mantimentos levará ao aumento dos preços no país e o povo sofrerá.
Terceiro capítulo: Estratégia de ataqueO general que compreende a guerra é o ministro do povo e o protetor da nação.
Sun Tzu legisla que, para vencer uma guerra de forma eficiente, deve-se destruir os planos do inimigo, as suas alianças e, por fim, as suas tropas.Regra geral, é melhor conservar um inimigo intacto do que destruí-lo. Destruir um país leva-o à ruína e diminui o seu valor.
A habilidade suprema não consiste em ganhar cem batalhas, mas em vencer o inimigo sem o combater.
Um governante pode levar facilmente um exército ao desastre:
- Se ordenar que ele avance no momento de se retirar ou se ordenar que haja uma retirada no momento de avançar ("amarrar o exército").
- Se ignora os assuntos militares, mas interfere neles, perturbando o seu desenrolar.
- Se há intrometimento na cadeia de comando, ignorando os seus problemas e instaurando a incerteza entre os seus oficiais.
Há cinco formas de prever o vencedor de uma guerra. Será:
- Aquele que sabe quando lutar e quando não lutar.
- Aquele que sabe discernir quando utilizar muitas ou poucas tropas.
- Aquele que sabe quem tem tropas superiores e inferiores com igual motivação.
- Aquele que sabe que se deve estar preparado e atacar o inimigo desprevenido.
- Aquele que tem generais capazes e que não sejam limitados por burocratas.
Quarto capítulo: PreparaçãoConhece-te a ti mesmo e ao inimigo e, em cem batalhas, nunca correrás perigo.
Desconhece-te a ti mesmo e ao inimigo e correrás sempre perigo.
Há cinco fases para vencer uma guerra: a medição das coisas, a avaliação, o cálculo, a comparação e só depois a vitória. "As medições das coisas dão lugar às avaliações; estas, aos cálculos; da comparação dos cálculos antevê-se a possibilidade de vitória."Quem tem poucas tropas, defende-se, quem tem bastantes, ataca. A defesa é para tempos de escassez, o ataque para tempos de abundância.
Quinto capítulo: Propensão
Aquele que procura a vitória deverá deixar as coisas tomarem o seu curso, dar a entender que o adversário está no controlo e, no momento mais inesperado de sempre, atacar com uma ferocidade sem comparação e destituir o inimigo a um grau de areia.Governar sobre muitos é o mesmo que governar sobre poucos: é tudo uma questão de organização.
Controlar muitos é o mesmo que controlar poucos: é uma questão de formação e de sinais.
Sexto capítulo: O cheio e o vazioO bom guerreiro sabe vencer sozinho. Ele procura a eficácia no ímpeto, não nas pessoas. Ele escolhe os soldados apropriados para a missão e deixa que a propensão siga o seu curso.
Um vencedor deve aprender a jogar com o seu inimigo, a incomodá-lo e a atraí-lo a si, como uma presa ignorante, sem deixar rastos.O bom guerreiro atrai o inimigo a si e nunca inicia o combate.
O inimigo é atraído pela oportunidade e afasta-se diante do perigo.
Sétimo capítulo: ManobrasA vitória na guerra não se repete, ela adapta-se e varia sempre.
Sun Tzu ordena:As manobras têm tanto de perigoso como de vantajoso.
- Se o inimigo foge, não o persigas.
- Não lhe ataques as tropas de elite.
- Não proves da sua comida.
- Não impeças um exército de volta para casa.
- Deixa sempre uma saída de fuga.
- Não acosses um inimigo desesperado.
Oitavo capítulo: As nove mudanças
Há ordens dadas pelo soberano que não devem ser obedecidas.
- Não acampes em terreno baixo.
- Sê diplomático nas fronteiras; faz aliados.
- Não te detenhas num terreno acidentado.
- Em terra inóspita, planeia.
- Em campo de morte, luta.
- Algumas vias não devem ser percorridas.
- Alguns exércitos não devem ser atacados.
- Algumas cidades não devem ser sitiadas.
- Alguns terrenos não devem ser disputados.
Há cinco características perigosas num general:
- Se for temerário, morrerá muito em breve.
- Se for cobarde, será capturado.
- Se for exaltado, será humilhado.
- Se for moralista, será difamado.
- Se for bondoso, sofrerá.
Nono capítulo: Sobre a movimentação
Décimo capítulo: O terrenoQuando o inimigo pede a paz sem uma negociação prévia, é porque prepara alguma traição.
Quando há inquietação entre os soldados, o general já perdeu a sua autoridade.
Quando as ordens dadas forem confusas, sem um sentido adequado, a tropa será desobediente.
Quando as tropas se mostram insubordinadas, preguiçosas, negligentes ou confusas, a culpa é do general e não de fatores naturais.
- Quando há uma batalha, se um exército ataca outro dez vezes maior, obviamente terá que fugir.
- Quando os soldados são fortes, mas os oficiais fracos, o exército é insubordinado.
- Quando os oficiais são corajosos, mas os soldados fracos, o exército é preguiçoso.
- Quando os oficiais combatem movidos pela raiva e os soldados vão à luta de modo inconsequente, o exército é negligente.
- Quando o general é fraco, sem autoridade junto dos soldados, com regras confusas e moral baixa, o exército é confuso.
- Quando o general não faz os devidos cálculos preparativos e se lança à batalha de modo imprevisível, a derrota será certa.
Décimo-primeiro capítulo: Os nove territóriosTrate os soldados como filhos e estes morrerão ao seu lado.
Quem se conhece a si mesmo e conhece o inimigo, pode garantir a vitória; quem conhece o tempo e o terreno, alcançá-la-á de forma absoluta.
Décimo-segundo capítulo: Ataque com fogoPara que uma guerra seja bem sucedida, obtém a cooperação do grupo, faz com que sejam um só.
Décimo-terceiro capítulo: Uso de espiõesUm soberano não pode convocar o exército só por raiva e um general não pode lutar apenas por vingança. Uma pessoa com raiva pode recuperar a serenidade, tal como uma pessoa ressentida pode ser apaziguada, mas um Estado arruinado não se recupera, e os motos não podem voltar à vida. Por isso, o governante sábio é prudente, o bom general é ponderado.
Há cinco tipos de espiões:Aquele que persegue a vitória durante muitos anos numa batalha decisiva, mas deseja apenas riquezas, postos ou honrarias, é um ignorante desumano.
- Os espiões nativos: são camponeses do povo inimigo ao serviço do nosso exército.
- Os espiões internos: são oficiais inimigos ao serviço do nosso exército.
- Os agentes duplos: são espiões inimigos ao serviço do nosso exército.
- Os espiões dispensáveis: são espiões nossos a quem entregamos, premeditadamente, informações falsas.
- Os espiões vivos: são aqueles que voltam com informações sobre o inimigo.
Friedrich Nietzsche, Zaratustra escreveu:«Aquele que sobe às mais altas montanhas ri-se de todo o teatro e de tudo o que se reveste de seriedade na vida.»
«E agora olham para mim e riem-se: e há gelo nas suas risadas.»
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